Almirante na Secom e o papel dos militares
Foto: Marcos Correa / Presidência da República
O secretário Especial de Assuntos Estratégicos, o almirante Flávio Rocha, deve ser nomeado para o comando da Secretaria Especial de Comunicação (Secom) no lugar de Fabio Wajngarten, que deixa o cargo após acumular atritos com a imprensa, no governo e com o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
A substituição no comando da Secom deve ser imediata e, segundo integrantes do governo, pode sair ainda nesta quinta-feira. Wajngarten, que ainda conta com o apreço do presidente Jair Bolsonaro, deve ganhar uma posição como assessor especial.
Elogiado pelo tom conciliador, Rocha chegou ao Planalto no início de 2020 para assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e rapidamente se tornou um dos principais auxiliares de Bolsonaro. O almirante é apontado como um “administrador de conflitos” no governo e tem atuado também como uma espécie de relações públicas, organizando encontros do presidente com parlamentares e integrantes de outros poderes.
Rocha articulou a aproximação de Bolsonaro e com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, com um jantar em sua residência, oferecido ao embaixador argentino em Brasília. O encontro foi seguido de uma reunião virtual, em novembro do ano passado, entre os dois líderes sul-americanos. No mês passado, Rocha esteve na Argentina fazendo uma série de visitas a autoridades locais.
O perfil de Rocha é considerado o oposto de Wajngarten, que acumula atritos tanto com jornalistas quanto com integrantes do governo. Ex-chefe da Comunicação da Marinha, o almirante viajou com Fábio Faria na visita a Suécia, Finlândia, Coreia do Sul, Japão e China para visitar empresas de tecnologia 5G.
O atual chefe da Secom está na berlinda há meses principalmente por se mostrar insubordinado a Faria. O ministro das Comunicações chegou ao cargo em junho do ano passado com apoio de Wajngarten, mas a relação entre os dois é instável, com brigas e pazes. A interlocutores, Faria tem minimizado a possível troca, afirmando que se trata apenas de uma mudança de perfil.
Em janeiro, Faria ganhou uma sala no Palácio do Planalto, ao lado da ocupada pelo secretário, e aumentou sua influência no governo. O ministro atua na interlocução na imprensa, o que nunca foi prioridade para Wajngarten. Egresso do mercado publicitário, ele tem um foco maior na área de propaganda oficial. Além disso, o estilo explosivo do secretário desagradava outros integrantes do governo.
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