Defesa de Lula não usará provas da Vaza Jato agora
Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
A defesa do ex-presidente Lula não irá anexar as mensagens hackeadas da Lava-Jato ao processo do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga a suspeição de Sergio Moro no caso do triplex. A avaliação dos advogados é a de que a suspeição do ex-juiz da Lava-Jato já está comprovada por fatos emblemáticos, como a interceptação telefônica do escritório de advocacia que defende o ex-presidente. Essa interceptação, que grava conversas de advogados de Lula, ocorreu em 2016.
Outro ponto destacado pelos representantes do petista foi a ação de Moro de quebrar o sigilo de um trecho da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, nome forte do PT e dos governos Lula e Dilma, a seis dias do primeiro turno das eleições de 2018. Associada a isso, os advogados apontam a decisão do ex-juiz de integrar o governo Bolsonaro, como ministro da Justiça.
Ontem, por 4 votos contra 1, a Segunda Turma do STF confirmou a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que deu a Lula acesso às mensagens da Lava-Jato. O material foi interceptado por hackers e apreendido na Operação Spoofing.
Desde que parte dessas mensagens foi revelada pelo site “The Intercept”, em 2019, os advogados de Lula optaram por não incluir tais conversas no processo da suspeição de Moro. O que fizeram, até o momento, foi registrar em petição que esse conteúdo estavam sendo publicado pelo site. A tendência é que, mesmo com a decisão de ontem, essas mensagens fiquem fora do julgamento da suspeição, pelo menos por parte da defesa.
O ministro Gilmar Mendes sinalizou que deve pautar o caso no primeiro semestre deste ano.
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