Vacina em falta ainda ameaça Bolsonaro
Foto: UESLEI MARCELINO
O clima de festa com a eleição de Arthur Lira (PP-SP) para presidência da Câmara dominou o Palácio do Planalto, mas integrantes do governo Bolsonaro seguem preocupados com outra frente, a vacina. Para eles, o discurso e a prática de Bolsonaro em relação ao imunizante contra a Covid-19 serão essenciais para estancar a queda de popularidade do presidente e a manutenção de seu governo.
– O governo dependia de dois fatores, a eleição na Câmara e a vacina. Conseguiu o primeiro, mas está pendurado no segundo. Agora é necessário que ele ajuste o discurso sobre a importância da vacinação e que o Brasil consiga trazer o maior número de opções para a população – disse um integrante do alto escalão do Palácio à coluna.
No início da semana passada, Bolsonaro mudou o tom e chegou a agradecer à China pela liberação do envio de insumos para o Brasil. Ele também defendeu que a vacinação é um meio de retomar a economia. Dias depois, no entanto, o presidente voltou a colocar o imunizante em xeque. Em conversa com jornalistas no sábado (30), o presidente questionou a validade da vacina, especulou que o período seria de seis meses e concluiu: “Se for verdade, é mais um indício fortíssimo de que teremos de aprender a conviver com o vírus”.
Assessores de Bolsonaro relataram à coluna que têm defendido que a mudança do discurso é importante para a retomada de sua popularidade e que ele precisa comunicar que a prioridade é a saúde.
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