Centrão quer cabeças de mais dois ministros
Foto: Sérgio Lima/Poder360
Aliados do presidente Jair Bolsonaro, que vinham pressionando por uma reforma ministerial, ficaram satisfeitos com as trocas promovidas por ele. Afirmam, porém, que o presidente poderia ter feito uma limpeza geral e trocado também os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Educação, Milton Ribeiro.
“Faltaram dois ministros na reforma ministerial do presidente, ele tem de trocar também o Ricardo Salles e o Milton Ribeiro para fazer a faxina geral”, disse ao blog um líder partidário da base de apoio do governo Bolsonaro no Congresso.
O presidente promoveu seis mudanças em sua equipe ministerial. Três ministros deixaram o governo. Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e José Levi (Advocacia Geral da União). E três entraram. A deputada Flávia Arruda (PL-DF) (Secretaria de Governo), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Carlos Alberto Franco França (Relações Exteriores).
O presidente atendeu o principal pedido do Centrão, colocar um integrante do grupo na articulação política, dentro do Palácio do Planalto. A escolhida foi a deputada, um nome com dois padrinhos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ex-deputado Valdemar Costa Neto, que comanda o PL.
O Centrão também pedia as demissões de Eduardo Pazuello (Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Milton Ribeiro (Educação). Os dois primeiros, que geravam os maiores desgastes para o presidente Bolsonaro neste momento de agravamento da crise da pandemia, foram sacrificados.
“Mas o presidente também tem de tirar o Salles, que causa muito prejuízo na área ambiental, e o Milton Ribeiro, que não faz nada de destaque na Educação”, disse um aliado de Bolsonaro. A expectativa da base de apoio do presidente é que essas trocas sejam feitas em breve, mas, por enquanto, ele ainda resiste.
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