Ernesto Araújo vira “mártir” nas redes bolsonaristas

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Foto: Editoria de Arte

A demissão do chanceler Ernesto Araújo foi a mais sentida pelo bolsonarismo em chats no WhatsApp e no Telegram nesta segunda-feira, quando o Presidente da República confirmou mudanças em seis ministérios.

Derrubado após intensa pressão do Congresso, Araújo ganhou ares de mártir entre defensores do governo. A versão difundida pelo ex-ministro no embate público com a senadora Kátia Abreu (PP-TO) alimentou a narrativa bolsonarista de que o ministro caiu por influência de uma conspiração chinesa. Já a reação à saída do chefe da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, mostrou que o general não deixará saudades.

Quando as primeiras notícias sobre a demissão do ministro das Relações Exteriores passaram a circular, o tom foi de incredulidade.

“Eu não creio. Ainda acredito ser pressão da mídia”, disse uma apoiadora de Bolsonaro no Telegram. “Se realmente acontecer a queda do Ernesto Araújo, o presidente estará cometendo o erro de ceder aos poucos às pressões e defenestrando seu círculo mais leal, a blindagem contra as traições; Ele estará entregando não apenas os anéis, mas os dedos juntos!”, alertou um militante.

Quando a notícia foi enfim confirmada pelo próprio governo, o clima foi de desolação e revolta pela queda de mais um ministro por pressão do Congresso, a exemplo de Abraham Weintraub (Educação) e Eduardo Pazuello (Saúde).

“Hoje se encerrou a liberdade no Brasil. Com a saída de Ernesto Araújo, está declarada, oficialmente, nossa subjugação ao Partido Comunista Chinês. NUNCA imaginei que fosse viver em um protetorado chinês”, lamentou uma integrante que disse ter 70 anos. “Depois da saída do Ernesto Araújo eu perdi completamente a esperança”, sentenciou uma bolsonarista.

Já a demissão de Azevedo e Silva da Defesa foi entendida como uma forma de Bolsonaro garantir apoio a medidas como a decretação de estado de defesa e de sítio contra medidas restritivas adotadas pelos governadores durante a pandemia. “Acabou! Contra o sistema Bolsonaro age rápido e muda tudo!”, dizia o título de um vídeo compartilhado nas redes bolsonaristas.

Outras mensagens denotavam desprezo pelo ex-ministro da Defesa. “Na hora de decidir só os fortes ficam… Esse aí passou o tempo todo puxando tapete dos Ministros no Congresso”, disparou um bolsonarista no WhatsApp. Outro chamou Azevedo de “traíra” que “vivia tramando a saida de Sales (sic) e Ernesto”.

Várias mensagens lançavam suspeitas sobre Azevedo por ele ter sido assessor de José Dias Toffoli enquanto o ministro presidia o Supremo Tribunal Federal. “General Fernando Azevedo é amigo do Tofoli (sic) e do embaixador da China, ele nunca abriu a boca para nenhuma defesa da lei e da ordem estupradas pelo STF”, dizia uma mensagem.

Houve quem chamasse Azevedo de “Maria Fofoca” por vazar informações para a imprensa e conspirar contra o titular do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Fake news: na verdade, quem foi acusado no Planalto de tramar contra Salles foi o agora ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Em meio à profusão de mensagens e de desorientação com tantas mudanças, alguns poucos seguidores perceberam o crescimento do Centrão e enviaram memes de protesto para as redes.

A referência à nomeação da deputada Flávia Arruda (PL-DF) para a Secretaria de Governo surgiu por meio de um post do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos no Instagram, criticando a parlamentar por votar a favor da prisão do deputado Daniel Silveira. Outro meme acusava o também demitido José Levi, que deixou a Advocacia Geral da União. “Levi do Amaral advogado-geral da União indicado por Gilmar Mendes acaba de ser demitido.”

O Globo

 

 

 

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