Governador do RS é tão fraco quanto Doria

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Foto: Governo de São Paulo/divulgação

Um dos principais alvos do bolsonarismo nos últimos dias é tucano, governador e pode disputar a Presidência da República pelo PSDB em 2022, mas não é o paulista João Doria — este já se coloca há tempos como oponente do presidente Jair Bolsonaro e ostenta a condição de alvo de seus seguidores pelo menos desde o início da pandemia, há mais de um ano.

O alvo da vez agora é Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, que foi atacado pessoalmente pelo presidente da República na segunda-feira, 8. Após acusá-lo de “péssimo administrador” e de ter usado verba federal destinada à saúde para regularizar as contas do estado, Bolsonaro disparou em uma entrevista à TV. “Onde ele enfiou essa grana? Eu não vou responder, mas eu acho que sei onde ele colocou”, questionou, fazendo uma insinuação obscena com o governador.

Leite reagiu no dia seguinte, por meio de um vídeo. “É mais uma mentira, agora de quem muito fala e pouco governa”, disse o governador gaúcho, desafiando o presidente a “ter coragem” de dizer “qual foi o dinheiro enviado à saúde que não foi aplicado na saúde?” Leite ainda aproveitou o palanque dado por Bolsonaro para exibir a principal vitrine da sua gestão: “Tivemos a coragem de promover a mais profunda reforma no funcionalismo em 30 anos, fazendo (…) uma reforma administrativa, que cortou vantagens e benefícios, como o presidente da República não teve coragem de fazer no plano federal”.

Tanto Leite quanto Doria foram alvos de protestos nos últimos dias – boa parte deles engrossada por bolsonaristas – por causa das políticas de distanciamento social adotadas para conter o avanço do novo coronavírus.

Desafiante de última hora de Doria dentro do PSDB, Leite estreou de forma parecida no primeiro levantamento de intenção de votos com o seu nome feito pelo Paraná Pesquisas entre 25 de fevereiro e 1º de março: ele apareceu com 2,3%, empatado dentro da margem de erro (de dois pontos) com Guilherme Boulos (PSOL) e João Amoêdo (Novo), ambos candidatos a presidente já na eleição passada, em 2018.

A estreia de Doria na série de levantamentos feitos pelo Paraná Pesquisas foi em abril de 2020, quando ele cravou 3,8% no mesmo cenário – a diferença percentual em relação a Leite está dentro da margem de erro. Alavancado por sua exposição na viabilização da vacina chinesa CoronaVac no Brasil – hoje o seu principal trunfo político –, Doria chegou a 5,3% em março, mas mesmo assim continua empatado tecnicamente com o gaúcho.

Leite obtém o seu maior percentual entre os eleitores da Região Sul (8,1%), enquanto Doria consegue a sua melhor marca (8,3%) entre os eleitores de 60 anos ou mais de idade, justamente o público que mais apoia a vacinação contra a Covid-19.

A definição do candidato do PSDB para 2022 vai se cruzar com uma intrincada discussão com outros prováveis nomes do centro político, como Luciano Huck (sem partido) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), além de legendas como MDB e PSD. Com a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao xadrez eleitoral para 2022, após ter seus processos anulados no Supremo Tribunal Federal, e com Bolsonaro candidato à reeleição — e líder em todos os cenários –, vai sobrar pouco espaço para mais de um presidenciável entre eles.

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