
Humorista da Globo processa secretário de Cultura
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Tramita na 42ª Vara Criminal do TJ do Rio a ação do ator e humorista Marcelo Adnet contra Mário Frias, o atual secretário nacional de Cultura do governo Bolsonaro. Adnet fez queixa-crime alegando ter sido vítima de difamação e injúria por conta de uma postagem de Frias no Instagram.
Em 4 de setembro de 2020, o bolsonarista fez um longo texto contra Adnet. Referiu-se ao humorista como “garoto frouxo e sem futuro”, uma “criatura imunda”, “crápula” e “Judas”, para citar alguns exemplos: “Quem em sã consciência consegue conviver no mundo real com um idiota egoísta e fraco como esse? Onde eu cresci ele não durava um minuto. Bobão!”, é a conclusão do texto que segue no ar.
O ataque foi motivado por um vídeo do humorista ironizando a montagem feita por Frias em homenagem ao feriado de 7 de Setembro. No vídeo publicado pela Secretaria de Governo de Bolsonaro, o secretário aparece “admirando os grandes heróis da nação”. Já na paródia de Adnet, ele imita o ex-ator na mesma situação, mas perdido, sem saber de que se tratam as obras que toca nem do que está falando. “E essa cadeira bonita, será que Getúlio sentou? Sei lá”, diz o personagem no humorístico.
A advogada de Adnet, Maíra Fernandes, detalha que o humorista teve sua honra atacada de uma forma que extrapola a liberdade de expressão, tendo sido claramente ofendido. A defesa pede a condenação de Frias por dois crimes de difamação e dez de injúria, todos relacionados à postagem, assim como a definição de um valor mínimo de reparação pelos danos sofridos.