Apoiadores de Bolsonaro pedem que ele “dê atenção ao Brasil”

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Foto: Reprodução

O presidente da República, Jair Bolsonaro, se irritou e interrompeu uma declaração que fazia a apoiadores dele nesta terça-feira na saída do Palácio da Alvorada, onde mora. Ainda que estivesse em meio a uma claque favorável, o presidente rebateu já o primeiro pedido que uma das pessoas fez, para que ele desse atenção ao Rio de Janeiro.

“O que é dar atenção?” Tem um governador e tem um prefeito lá”, respondeu Bolsonaro. O homem disse que o Estado precisava de atenção para a “problemática da política”, ao que o presidente retrucou: “Lá o povo elegeu os 70 deputados estaduais e os 51 vereadores. Eu sou presidente da República. Estado e município outras pessoas foram eleitas para tomar conta.”

O apoiador de Bolsonaro disse então que o presidente tinha que dar “atenção a todo o Brasil”. “Não”, respondeu Bolsonaro. “O pessoal reclama que acabou emprego. Quem fechou o comércio não fui eu, quem te obrigou a ficar em casa não fui eu. Eu faço a minha parte. Impressionante! O pessoal, em vez de dar força pra mim, critica. Não sou ditador do Brasil.”

Na sequência, outro apoiador do presidente, que disse ter vindo de Rondônia para vê-lo, pediu ajuda para que não houvesse “lockdown” no Estado. “Quem tem o poder são Estados e municípios para fazer o que estão fazendo, inclusive ignorando a Constituição. Quem foi que deu esse poder?”, devolveu Bolsonaro.

“Quando indicavam ministro do Supremo ninguém falava nada, quando indicavam autoridade para tudo quanto era lugar ninguém falava nada. Agora cobram tudo de mim”, prosseguiu o presidente. O apoiador de Rondônia então disse que Bolsonaro não deveria ser cobrado, mas elogiado e começou a chorar.

O presidente tem dito que o Supremo Tribunal Federal (STF) o impediu de agir contra a pandemia, ao decidir em Plenário que Estados e municípios tinham autonomia para determinar medidas de restrição à circulação de pessoas de acordo com o quadro local da crise sanitária. A pandemia matou 355 mil pessoas no Brasil desde março de 2020 e, até agora, só 4,6% da população foi imunizada com as duas doses da vacina contra a covid-19.

Sem máscara o tempo todo e ladeado por auxiliares também desprotegidos, o presidente citou aos apoiadores que foi tomar sopa há uma semana numa instituição que atende a pessoas carentes em Itapoã, no Distrito Federal. “Multiplicou por três o número de pessoas que tá tomando sopa. E, com essa política do lockdown aí, vai aumentar. Adivinha quem eles vão culpar pelo desemprego”, disse Bolsonaro.

A paciência do presidente chegou ao fim quando ele tentou falar sobre o desentendimento na última segunda-feira com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que vazou gravação de uma conversa com Bolsonaro. Na ligação, o presidente pressionava Kajuru contra a criação da CPI da Pandemia no Senado e exigia o andamento de processos de impeachment contra ministros do STF. Bolsonaro tentou falar sobre o assunto aos fãs, mas foi interrompido.

“Só aproveitar um pouquinho o momento aqui… Eu sou acusado de quase tudo. Inclusive ontem aconteceu uma coisa muito bacana… Posso falar? O senador Kajuru falou que eu dei um chá de cadeira de 10 horas no presidente da Pfizer e falou que um ex-ministro ia…”, disse Bolsonaro e, diante da interrupção de uma mulher que pediu para que ele cumprimentasse a mãe dela em videochamada no celular, deixou a frase no meio e entrou de volta no carro.

Valor Econômico 

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