Bolsonaro autorizou divulgação de gravação com ameaças ao STF

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Com vinte minutos de antecedência, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) avisou ao presidente Jair Bolsonaro que publicaria nas suas redes sociais a conversa sobre a CPI da Covid que tivera com ele na véspera.

“Avisei ele hoje 12h40, que a conversa nossa seria publicada a uma hora da tarde. E assim eu fiz”, disse Kajuru. Na conversa, Bolsonaro diz temer que CPI investigue só o governo federal e instrui o senador a incluir Estados e municípios.

Questionado se o presidente saberia que estava sendo gravado, o senador afirmou que Bolsonaro conversou “sabendo que a conversa poderia ir ao ar”, como já fez “seis, sete, oito vezes” antes.

“Não sou amigo íntimo dele, não frequento a casa dele. Portanto, minha conversa com ele era política e todo mundo tem que ter acesso a ela”, continuou.

Quando soube da publicação, o presidente não tentou impedi-la. Segundo o senador, ele teria dito: “Tudo bem, tudo que falei está falado”.

Para Kajuru, as conversas não podem prejudicar o presidente, às vésperas da instalação da CPI da Covid. “O que ele falou de errado ali? Pelo contrário, mostrou que está aberto, que aceita ser investigado, desde que todos sejam”.

Entre os colegas de Senado, foi grande a repercussão da gravação. Ela foi enviada pela senadora Kátia Abreu (PP-TO) ao grupo dos senadores no Whatsapp. Segundo relatos, as primeiras reações foram de indignação e comentários de que o diálogo não seria republicano.

O senador de Goiás foi autor da ação do STF que pedia a instalação da CPI. Em ligação com o presidente, ele disse ser favorável que a comissão tenha um escopo ampliado para governadores e prefeitos.

Ele defende que o colegiado não seja “revanchista, politiqueiro”. “É a CPI da justiça. Vamos apontar todos os errados, inclusive ele, Bolsonaro, se estiver”.

Estadão

 

 

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