Bolsonaro desdenha CPI após tentar impedi-la

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Foto: Reprodução

Com o governo na mira e acumulando derrotas no âmbito da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 29, que não está preocupado com a atuação da comissão parlamentar de inquérito. O presidente destacou que as ações do governo seguem “a todo vapor”. “Quinta-feira última desembarcaram no Brasil aqui 14 carretas para o transporte de oxigênio (medicinal). A gente continua trabalhando a todo vapor. Nós não estamos preocupados com essa CPI”, disse Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais.

No dia em que o Brasil atingiu a marca de 400 mil vidas perdidas para o coronavírus, Bolsonaro fez apenas uma menção indireta ao assunto. “Lamentamos as mortes. Chegou a um número enorme de mortes agora aqui, né?”, afirmou o presidente, enquanto criticava medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos para evitar o contágio.

A criação da CPI da Covid foi determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Na única vitória do governo até agora na comissão, os aliados de Bolsonaro conseguiram aprovar requerimento estendendo o escopo da investigação para Estados e municípios. O Planalto quer desviar o foco das apurações, sob o argumento de que é preciso saber o destino de repasses federais destinados a governadores e prefeitos para o combate à pandemia.

Nesta quinta-feira,29, em mais uma derrota para o governo, a CPI aprovou a convocação de ex-ministros da Saúde do governo Bolsonaro, entre eles o general Eduardo Pazuello, e do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, que devem ser ouvidos na semana que vem.

Os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, também foram convocados. O plano apresentado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), prevê apurar, entre outras ações, a compra de vacinas, o incentivo ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada e o colapso da saúde no Amazonas.

Bolsonaro afirmou na live que Estados do Nordeste “fizeram caixa” com os recursos distribuídos pela União para o combate à pandemia. Ao citar gastos do governo federal, ele sugeriu que governadores paguem um auxílio emergencial estadual para a população mais afetada pela crise sanitária.

“Se começar a se endividar mais, mais e mais, complica nossa economia, que já é complicada”, disse o presidente. “A gente apela aos excelentíssimos governadores: vocês que fecham e destroem milhões de empregos, vocês poderiam fazer o auxílio emergencial estadual. Bota R$ 1.000 até o final do ano, já que me criticam. (…) Em especial, os Estados do Nordeste, que fizeram caixa com nossos recursos ano passado e tem dinheiro para dar um auxílio emergencial complementar”.

Antes, Bolsonaro havia dito a apoiadores que o governo do Rio Grande do Norte teria usado R$ 900 milhões dos repasses da União para pagar a folha de pagamento dos servidores. O próprio Tribunal de Contas do Estado, porém, desmentiu a afirmação, que já havia sido feita pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.

Na transmissão ao vivo, Bolsonaro também disse que os europeus têm “preconceito” contra índios brasileiros e, por isso, não compram o que é produzido por eles. Ao lado do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, o chefe do Executivo afirmou que o Brasil é o País “mais patrulhado do mundo” na questão ambiental.

“Você vê a Europa tão preocupada com o índio, com a Amazônia, com o desmatamento, com focos de incêndio…”, disse Bolsonaro. “Muita gente que está na cidade grande diz que o índio tem que ser tratado e preservado da forma como veio ao mundo. Não é bem assim, pessoal. E olha a discriminação do europeu: não compram o que eles produzem porque não querem ver o progresso deles”.

Bolsonaro estava acompanhado, ainda, por dois representantes de etnias indígenas, que pediram apoio para a comercialização de sua produção com compradores estrangeiros, além da possibilidade de plantio de transgênicos. Na conversa, o presidente disse que há um “jogo econômico” por trás das críticas de outros países à política ambiental do Brasil.

Estadão

 

 

 

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