Bolsonaro já aceita “independentes” no comando da CPI

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Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

Em minoria na CPI da Pandemia, o governo tenta evitar nomes hostis no comando e na relatoria do colegiado. Após a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito, imposta por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), governistas tentam viabilizar parlamentares independentes para evitar um oposicionista declarado na presidência. Como é de praxe, diversas opções começam a ser testadas nos bastidores, mas a disputa só deve afunilar nos próximos dias.

Um dos cotados para presidir o colegiado é o senador Omar Aziz (PSD-AM). Embora considerado independente, Aziz também integra um partido aliado ao Planalto. De acordo com relatos de parlamentares, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), trabalhou pela escolha do amazonense ao longo da quarta-feira.

Entre os argumentos para emplacar a candidatura de Aziz está justamente o fato de ele ser do Amazonas, um dos alvos de investigação da CPI após o colapso no sistema de saúde de Manaus no início do ano. Considerado mais neutro em relação ao governo, o senador do PSD intensificou críticas ao Ministério da Saúde na pandemia.

No mês passado, ele disse que o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, “enganou” o Amazonas, porque “prometeu que no dia 21 de fevereiro todas as pessoas acima de 50 anos seriam vacinadas”.

“Até hoje estamos esperando, porque não chegaram essas vacinas. O que o Ministério da Saúde não pode fazer é criar uma expectativa e não cumprir essa expectativa”, afirmou na ocasião.

Além disso, o PSD poderia atender critérios de proporcionalidade, por ser a segunda maior bancada da Casa. Na mesma linha, o segundo maior bloco do Senado, formado pelo Podemos, PSDB e PSL, também tenta conquistar a Presidência.

Entenda:Com a decisão do STF, os próximos passos da CPI da Pandemia

O Podemos chegou a sugerir o nome do senador Eduardo Girão (CE), da ala governista, que apresentou o requerimento de criação da CPI que inclui parcialmente estados e municípios no escopo do colegiado, o que poderia contar a seu favor. Ainda assim, mesmo aliados de Girão reconhecem que ele tem poucas chances de conquistar a presidência, já que enfrentaria resistência maior dos oposicionistas.

Outro nome ventilado é o do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que, embora independente, já fez duras críticas ao governo federal. Tasso, no entanto, tem participado das sessões do Senado remotamente, de Fortaleza, o que é questionado por integrantes da CPI. Alguns argumentam que o presidente teria que estar em Brasília. Ele também relatou a parlamentares que só assumiria a vaga se houvesse consenso em torno do seu nome.

Em entrevista ao GLOBO, em fevereiro, Tasso defendeu a CPI e disse que “alguém governo tem que ser responsabilizado para que isso não volte a se repetir”. Para ele, a situação de Manaus evidenciou ainda mais as críticas ao governo.

— Aquilo foi um caos, um conjunto de crimes em relação à total falta de sensibilidade com o que estava acontecendo em Manaus, pessoas morrendo asfixiadas no meio da rua e o governo distribuindo cloroquina. E não só em Manaus. Cidades estão parando de vacinar por falta de vacina. É um conjunto de crimes, e alguém precisa ser responsável por isso. Não é possível que centenas de milhares venham a falecer e essa negligência fique impune. Até para que não volte a acontecer — declarou na ocasião.

Na relatoria, função mais estratégica, o cargo deve ficar com um dos nomes do MDB, que possui o maior bloco e a maior bancada da Casa. Os indicados do partido para compor a CPI foram o líder da bancada, Eduardo Braga (AM), e o senador Renan Calheiros (AL). O segundo possui resistência do governo por ser um dos críticos recorrentes do presidente Jair Bolsonaro. Os governistas, no entanto, não indicam ter força suficiente para barrá-lo.

Dos senadores que deverão ser indicados à CPI, apenas quatro dos 11 são aliados do Planalto. Os outros sete estão divididos entre oposicionistas e independentes, mas devem atuar de forma unificada.

A comissão irá investigar ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia e a aplicação de verbas federais repassadas aos estados e municípios.

O Globo 

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