Bolsonaro organiza posse “secreta” de novos ministros

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Foto: Reprodução

A oficialização da entrada do Centrão no “coração” do governo, com a posse da ministra Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo (Segov), contou com a presença de um novo aliado do Palácio do Planalto. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, participou da solenidade e ganhou espaço de destaque, em uma ala reservada a autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e o presidente Jair Bolsonaro.

O ex-deputado foi condenado, em 2012, pelo envolvimento no esquema do mensalão durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo com a decisão de última hora do governo de tornar o evento “secreto”, sem a presença de jornalistas e tampouco transmissão online, a presença de Valdemar foi registrada pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), que compartilhou uma imagem da solenidade em seu Twitter.

Também participaram da posse o vice-presidente Hamilton Mourão, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), e o ex-ministro da Segov e agora ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Flávia Arruda será responsável pela articulação entre Planalto e Congresso, o que inclui a negociação de liberação de verbas parlamentares e indicações políticas para cargos no governo. Sua escolha é creditada aos partidos do Centrão, grupo marcado pelo fisiologismo, a troca de cargos no governo por apoio no Congresso.

Valdemar passou os últimos anos afastado formalmente do comando do PL. No entanto, ele sempre exerceu influência sobre a legenda. O ex-deputado reassumiu a presidência da sigla no começo de março.

Na semana passada, após a definição de Flávia Arruda no comando da Secretaria de Governo, Costa Neto esteve presente em um café com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.

 

Além do presidente do PL, Bolsonaro tem como um dos principais aliados outro condenado no mensalão: o também ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.

Nesta manhã, foram realizadas as posses de sete ministros. Três dos ministros, contudo, já foram empossados em cerimônias reservadas no gabinete do presidente. Anderson Torres (Justiça) e André Mendonça (AGU) tomaram posse na terça-feira, 30. Antes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi o primeiro do governo a ser empossado em uma cerimônia do tipo em 23 de março. As posses “secretas” não foram abertas à imprensa e nem transmitidas pelos canais oficiais de comunicação do governo. Os atos tampouco constaram na agenda oficial do presidente para o dia.

Na cerimônia desta terça, foram empossados os militares que mudaram de pastas após Bolsonaro demitir Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa. A pasta agora é comandada pelo general Walter Braga Netto, que para isso deixou a chefia da Casa Civil. Em seu lugar, assumiu Luiz Eduardo Ramos, até então responsável pela Segov. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também tomou posse simbolicamente. Carlos França, que substituirá Ernesto Araújo no Ministério das Relações Exteriores, completa o grupo de novos ministros empossados nesta terça.

Como mostrou o Estadão, em um ano de pandemia, Bolsonaro promoveu mais de 40 eventos com aglomerações no Palácio do Planalto. De posse de ministros até o lançamento de um selo postal comemorativo em homenagem aos 54 anos da Embratur, as solenidades reuniram centenas de convidados, contrariando o isolamento, uma das ações mais eficazes para conter a propagação do vírus, de acordo com organismos de saúde.

Estadão 

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