Boulos quer trocar apoio a Lula por apoio a si em SP

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Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo – 14/10/2020

Ex-candidato a presidente em 2018 e a prefeito de São Paulo em 2020, o coordenador nacional do MTST Guilherme Boulos (Psol) lançou ontem sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Boulos defendeu a união dos partidos de esquerda para disputar as eleições estaduais e a Presidência em 2022, e cobrou indiretamente o apoio do PT, ao falar que as alianças devem ser uma “via de mão dupla”.

“Só temos condição de vencer a máquina do PSDB em São Paulo se tivermos unidade, e a disposição de construir a minha candidatura passa pela unidade”, disse Boulos ao Valor. O lançamento da pré-candidatura foi antecipado pela jornalista Mônica Bergamo, da “Folha de S.Paulo”.

Com a decisão de concorrer em São Paulo, o Psol indica que não terá candidato à Presidência e poderá apoiar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Sem citar diretamente o PT, Boulos disse que o partido que lançar um nome à Presidência tem que estar disposto a apoiar os aliados nos Estados, em nome de um acordo nacional. “A unidade se constrói com gestos. É uma via de mão dupla”, afirmou.

Boulos defendeu a construção de uma “frente ampla progressista” em São Paulo, nos moldes do que fez no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano passado, quando recebeu apoio do PT, PCdoB, PDT, Rede, PCB, UP e de parte do PSB.

O pré-candidato tem sido incentivado pelo Psol e por aliados a concorrer em 2022 desde que terminou em segundo lugar na disputa pela capital. Na eleição municipal passada, o Psol teve sua melhor votação em São Paulo, com 20,24% dos votos válidos no primeiro turno, e registrou no segundo turno 40,62%.

Em pesquisa Ipespe da semana passada, divulgada pelo Valor, Boulos aparece com 16% das intenções de voto, empatado na liderança com os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB) e Márcio França (PSB), ambos com 17%. Na sequência está o governador do Estado, João Doria (PSDB), com 8%. Nesse cenário, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) não foi testado. Na simulação com Haddad, mas sem Boulos, o petista tem 20%, seguido por França, com 18% e Alckmin, com 17%. A pesquisa tem margem de erro de 3,2 pontos para mais ou para menos.

A um ano e meio da eleição estadual, o pré-candidato diz que pretende construir uma nova “onda de esperança” e investirá em conversas com lideranças políticas e populares do interior do Estado, onde a resistência a candidatos de esquerda é maior.

O PT ainda não tem um nome forte ao governo paulista e Boulos espera atrair o partido. Em 2020, o PT não quis fazer um acordo com o Psol no primeiro turno na disputa pela capital e lançou Jilmar Tatto, que ficou com 8,6% dos votos válidos, pior desempenho petista na capital. Nas duas últimas eleições estaduais, os petistas também não foram bem. Em 2018, Luiz Marinho ficou em quarto lugar, com 12,6% dos votos válidos. Em 2014, Alexandre Padilha ficou em terceiro, com 18,2%, em uma eleição que terminou no primeiro turno.

Fernando Haddad tem sinalizado que não disputará o governo paulista e deve se dedicar à campanha presidencial de Lula. Boulos disse que não acredita em uma eventual candidatura do petista e reforçou a defesa da candidatura única de esquerda.

O pré-candidato do Psol aposta no desgaste do PSDB, que está em sua sétima gestão consecutiva no Estado, e no aumento da rejeição de Doria para tentar viabilizar-se. Como bandeiras, prometeu reforçar os investimentos em saúde, educação, transporte e moradia, com a recriação da CDHU. O pré-candidato afirmou que investirá em programas sociais para combater a desigualdade e a fome.

Valor Econômico

 

 

 

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