Falta de internet deixa pobres sem auxílio emergencial

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Foto: Reprodução

A auxiliar de limpeza Sandra Santos, 40, está desempregada há quatro anos. Moradora da comunidade Terra Prometida, localizada no Jardim Ângela (zona sul de São Paulo), a renda que traz para casa é fruto dos “bicos” que faz quando é chamada para lavar roupa e limpar casas.

Sandra vive com mais dez pessoas em um barraco improvisado. A mãe recebe um salário mínimo de aposentadoria. Na ponta do lápis, são R$ 110 para cada membro durante o mês, média de R$ 3,67 por dia. “Nem dá para fazer compras, né? Tem gás, água, luz”, diz.

Ela é uma das beneficiárias da nova rodada do auxílio emergencial, benefício que só conseguiu confirmar que tinha direito com ajuda da irmã, já que Sandra não tem acesso à internet.

Nascida em dezembro, ela vai precisar esperar até 17 de maio para conseguir sacar o benefício em dinheiro, de acordo com o calendário divulgado pela Caixa. A auxiliar de limpeza calcula que deve receber cerca de R$ 250, valor que considera insuficiente.

“É usar para comprar um gás e o resto é alimento. Não vai dar para pagar conta de água e luz. Tenho cinco atrasadas já e falaram que vão cortar, mas tem criança em casa, vou deixar elas com fome?”, questiona.

Entre o último mês que recebeu o benefício, em dezembro passado, e o acesso ao dinheiro da nova rodada, Sandra vai ter esperado quase cinco meses. Enquanto isso, ela busca doações para se manter. “Se esperar para pegar esse dinheiro, as crianças morrem de fome”, diz.

A situação de Sandra é semelhante a de outros beneficiários que não têm como acessar o auxílio pela internet —enquanto os recursos foram liberados no aplicativo Caixa Tem em 6 de abril, o saque em agências físicas deve começar apenas no dia 30.

Lideranças comunitárias em Heliópolis e Paraisópolis, as duas maiores favelas da capital paulista, também relatam problemas de conexão. Eles criticam ainda a falta de informações sobre acesso ao benefício e de orientação do poder público para lidar com as populações mais pobres e com acesso precário a tecnologia.

Redação com Folha

 

 

 

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