Lula se aproxima de Maia e Renan

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Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Depois do manifesto em defesa da democracia, assinado por seis presidenciáveis do espectro político de centro, o ato do Dia do Trabalho representa agora o mais novo gesto para mostrar unidade contra Bolsonaro, apesar das divergências expostas em praça pública.

Logo no início da semana, Ciro pediu que Lula tenha a “generosidade” de dar “um passo atrás” para ajudar o Brasil a se “reconciliar”. Em nome de uma ampla aliança contra o presidente, Ciro agora quer que o petista abra mão da candidatura ao Planalto para concorrer a vice. “A direita brasileira vai largar o Bolsonaro ao mar e tentar se reciclar aí com uma carinha qualquer”, previu ele.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi na mesma toada e disse, um dia depois, que Lula deveria “passar o bastão”. “Para o Brasil seria melhor que fosse alguém novo no jogo”, afirmou Fernando Henrique em entrevista ao Jornal da CBN, na terça-feira, 6. FHC, aliás, também confirmou presença no palanque virtual de 1.º de Maio, ao lado de outros políticos, como Maia, Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B).

Ato de 1º de Maio

Os “senões” de Ciro e de FHC à entrada de Lula na disputa de 2022 provocaram contrariedade não apenas no PT, mas também em alas do MDB. “Você não pode querer convencer a Ferrari a deixar de ganhar a corrida”, provocou o senador Renan, soltando uma gargalhada. “Esses desestímulos públicos do Fernando Henrique e do Ciro não têm a menor consistência”.

Líder da Maioria no Senado e cada vez mais na oposição ao governo, Renan diz que Bolsonaro perdeu as apostas nas eleições estaduais do ano passado e no cenário internacional, com o fracasso de Donald Trump nos Estados Unidos. Agora, avalia que o inquilino do Palácio do Planalto será “derrotado pela pandemia” do coronavírus.

É com esse diagnóstico que o ex-presidente do Senado trabalha para convencer o MDB a apoiar Lula, apesar do divórcio com o PT após o impeachment de Dilma Rousseff. “Lula tem o melhor perfil para atrair o centro e já incorporou esse discurso”, disse Renan. “Sendo ele o candidato no PT, o segmento que quer apoiá-lo no MDB fica mais fortalecido”.

Para Renan, a possível entrada de Maia no MDB também ajuda na correlação de forças pró-Lula porque o ex-presidente da Câmara “é a expressão do centro”.

Na prática, o mapa das alianças regionais pesa na definição do candidato ao Planalto. Renan, por exemplo, está de olho em seu reduto de Alagoas, onde Renan Filho é governador até 2022. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) – líder do Centrão e seu adversário – está do outro lado e dá aval a Bolsonaro. Ao menos por enquanto.

O Nordeste já foi considerado “celeiro vermelho” e é a região do País onde Lula sempre teve mais votos. Não é a toa que Bolsonaro investe ali, vai ampliar o roteiro de visitas por Estados nordestinos e espera aumentar sua popularidade, hoje em queda, com mais uma rodada do auxílio emergencial.

Ninguém duvida de que no 1º de Maio virtual, promovido por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB, o grito de “Fora Bolsonaro” sairá daquela tela de Zoom. Mas o dia seguinte do mundo real ainda é uma incógnita.

Estadão 

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