Bolsonaro adorava CPIs quando o PT estava no poder

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Foto: Janine Moraes/Agência Câmara/VEJA

A irritação de Jair Bolsonaro com a CPI da Pandemia no Senado em 2021 marca uma mudança de posição do presidente com relação às Comissões Parlamentares de Inquérito no Congresso.

Em 2010, último ano do governo Lula, o então deputado federal ironizou a diferença do comportamento da esquerda na oposição, que “queria CPI pra tudo”, e no poder — “hoje CPI é palavrão”.

Disse ainda que os oponentes “enganaram trouxas para conseguir voto fácil”. “Otário é pra estas coisas”, arrematou.

O deputado Bolsonaro participava de um debate nas redes com o então colega de Câmara Chico Alencar, do PSOL, no dia 31 de março. O tema era o golpe militar de 1964, que completava 46 anos naquela data.

Já na madrugada de 1º de abril, o mediador, o jornalista Jorge Antonio Barros, perguntou aos dois a opinião sobre “a maior herança política de 64”. Os deputados tinham três tuítes, cada um, para responder. E assim respondeu Bolsonaro:

“OS cassados voltaram. ‘Vivemos num mar de ética e horror à corrupção.’ Hoje falta um AI-5 p/ os esquerdóides do Mensalão.”

“A Esquerda na oposição queria CPI p/ tudo. Hj CPI é palavrão. Enganaram trouxas p/ conseguir voto fácil. Otário é p/ estas coisas.”

“O Bolsa-farelo (família) vai manter esta turma no Poder”, concluiu o atual presidente da Re-pública, que dias atrás anunciou o aumento do valor do benefício que tanto criticava no governo petista.

No mesmo debate de 2010, um pouco antes, Bolsonaro disse que o Brasil vivia “no Império da violência e da Corrupção” e que nenhum militar se enriqueceu no poder.

O tuite de 11 anos atrás acaba com a seguinte crítica: “Hj qualquer Aspone mora no Lago DF”. Aspone, para quem não sabe, é a sigla para Assessor de Porra Nenhuma.

Recentemente, quem mudou-se para o Lago no Distrito Federal foi o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, que comprou uma mansão de 6 milhões de reais.

Veja

 

 

 

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