Centrão está a um passo de “lular”

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Foto: Reprodução/Estadão

O Planalto e seus aliados no Congresso conseguiram encontrar alento na atual conjuntura política, tão desfavorável a Jair Bolsonaro: a pressão pelo impeachment perde força na medida inversa em que Lula sobe nas pesquisas. Trocando em miúdos, nos bastidores, é sabido que até o PT vai tirando o pé do acelerador na corrida para derrubar Bolsonaro conforme o ex-presidente petista se fortalece eleitoralmente. Isso não significa, porém, que, daqui até o fim do mandato, o governo federal terá o caminho facilitado pela oposição, pelo contrário.

Como não interessa tanto trocar Bolsonaro pela incógnita Hamilton Mourão, as oposições, com auxílio da CPI da Covid, querem fazer o governo continuar sangrando.

O Centrão já havia sentido o gosto de sangue na água quando Arthur Lira alertou sobre o risco do impeachment. Agora, nesse grupo, a tendência é arrancar o que puder do governo e ver como Bolsonaro chegará em 2022.

Um analista experiente pontua: se Bolsonaro permanecer enfraquecido, poderá ser abandonado pelo Centrão em 2022, que já tem líderes em conversas com Lula e com outros pré-candidatos.

Em linhas gerais, a sensação entre políticos e analistas é de que o governo Bolsonaro nunca esteve tão perto da deterioração.

Estadão