EUA denunciaram contrabando de Salles

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Gilberto Soares/MMA/Divulgação

A investigação que culminou com a operação da Polícia Federal desta quarta-feira, 19, contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, entre outros alvos, teve início com documentos fornecidos pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A apuração começou em janeiro, quando o chefe da Divisão de Repressão a Crimes Ambientais da PF (DMAPH) Rubens Lopes da Silva, encaminhou à Delegacia de Investigação e Combate ao Crime organizado (DRCOR) no Distrito Federal documentos produzidos especialmente por Bryan Landry, adido do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos da América, uma espécie de Ibama americano. Neles, Landry informava sobre uma apreensão no dia 10 daquele mês de produtos florestais sem a respectiva documentação, no Porto de Savannah, no Estado da Geórgia. A Embaixada do Estados Unidos também forneceu à PF amostras das madeiras apreendidas pelas autoridades norte-americanas para perícia.

Landry chegou a se reunir com o presidente do Ibama para discutir as comunicações conflitantes do órgão e entender sobre os requisitos para exportação.

“Assim, a documentação encaminhada pela autoridade policial traz fortes indícios de um encadeamento de condutas complexas da qual teria participação autoridade com prerrogativa de foro – Ministro de Estado – , agentes públicos e pessoas jurídicas, com o claro intuito de atribuir legalidade às madeiras de origem brasileira retidas pelas autoridades norte-americanas, a revelar que as investigações possuem reflexos transnacionais”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes em decisão que permite a deflagração da operação.

Veja