Frente Ampla com Lula nasce em 1º de maio
Exatos 41 anos após o 1º de maio de 1980 no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, o Dia do Trabalhador volta a marcar uma reação da cidadania aos abusos dos militares contra a democracia. E, mais uma vez, Lula lidera o movimento
Aquele 1º de maio seria um catalisador do descontentamento, a panela de pressão prestes a explodir que, cinco anos mais tarde, resultaria na queda da ditadura militar. E isso só ocorreu devido à liderança política que surgia naquele dia histórico.
Exatamente por seu papel nas manifestações, Lula foi preso sem mandado judicial no dia 19 de abril de 1980. Reportagem no jornal Folha de S.Paulo narrou a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva a sua casa depois de 31 dias de prisão.
“Foi Marisa, sua mulher, quem viu, deu grito avisando que ele vinha a pé. O motorista da Veraneio do Dops ficou com medo quando viu aquela multidão perto da casa do Lula e o deixou no meio do caminho. E o líder metalúrgico, recém-saído da cadeia, chegou a sua casa a pé, carregando uma pequena mala. Estouraram rojões e voltou-se a ouvir em São Bernardo do Campo: ‘Luuuuula, Luuuuuula, Luuuuuula’”
Passaram-se 41 anos e, de novo, como num looping temporal, um primeiro de maio volta a marcar a reação da democracia ao arbítrio. Eis que esse 1º de Maio redivivo une adversários em evento virtual. Novos tempos, novas formas de luta, mas o espírito é o mesmo da luta pela redemocratização do Brasil.
O Dia do Trabalhador deste ano foi organizado pelas onze centrais sindicais do país e será um termômetro da tentativa de unir forças políticas variadas contra Bolsonaro. É mais do que óbvio que a grande estrela do evento será o ex-presidente Lula devido à enorme força política que vem demonstrando nas pesquisas de opinião.
Você, que como 99% dos brasileiros pertence à classe trabalhadora, deve comemorar que um trabalhador tão vilipendiado e injustiçado retorne do cárcere pela segunda vez em sua vida para salvar o Brasil de uma ditadura militar