Língua de Bolsonaro paralisa vacinação no Brasil

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Foto: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

O Brasil completa nesta segunda-feira (17) quatro meses de vacinação contra o novo coronavírus com 57,8 milhões de doses aplicadas, incluindo 19,1 milhões de pessoas que receberam a segunda dose e estão imunizadas, segundo dados organizados pela CNN com base nos balanços preliminares de vacinação das secretarias estaduais de Saúde.

A perspectiva, no entanto, continua sendo de dificuldade para ampliar a quantidade de pessoas vacinadas, já que tanto o Instituto Butantan, produtor da Coronavac, quanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabrica a vacina de Oxford/AstraZeneca, sofrem com a falta de insumos importados da China, o que prejudica a produção local dos imunizantes.

E essa tendência já se reflete na quantidade de doses aplicadas na vacinação dos brasileiros contra a Covid-19: a campanha nacional de imunização viu a média diária de doses aplicadas despencar em maio em comparação com o mês de abril, segundo dados do Ministério da Saúde.

No início de abril, o país aplicava, em média, mais de 600 mil doses de vacina por dia – número que deu um salto e foi a 784 mil doses aplicadas diariamente na terceira semana de abril. Nas duas primeiras semanas de maio, porém, essa média despencou. Na primeira semana do mês, foi 415 mil doses aplicadas a cada dia; na segunda semana, 280 mil doses diárias de imunizantes utilizadas.

A primeira dose da vacina contra a Covid-19 foi aplicada no país em 17 de janeiro, em São Paulo, quando a enfermeira Mônica Calazans foi vacinada com a Coronavac – além dela, uma centena de pessoas, todas funcionárias da saúde, foram vacinadas naquele dia.

Já a campanha nacional começou no dia seguinte, em 18 de janeiro, após o Ministério da Saúde distribuir doses da Coronavac aos estados. Cinco dias depois, em 23 de janeiro, foram vacinadas também as primeiras pessoas com doses da vacina da Fiocruz.

Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou o uso de quatro vacinas contra Covid-19 no país – e outras duas estão com processo em andamento.

Os imunizantes produzidos pela Pfizer e pela Fiocruz são os únicos que já receberam registro para uso definitivo. Já as vacinas da Janssen (Johnson & Johnson) e do Instituto Butantan possuem o registro para uso emergencial – até aqui, a Coronavac é o principal imunizante usado no país.

Vale destacar que, entre as quatro vacinas já aprovadas para uso no Brasil, apenas a da Janssen – que é aplicada em dose única – ainda não começou a ser usada no país. O contrato do governo federal com a farmacêutica prevê entregas a partir de outubro.

A Anvisa também analisa os pedidos de registro da vacina indiana Covaxin, que teve a importação rejeitada em março, mas que recentemente recebeu autorização para realizar estudos clínicos no Brasil, e da russa Sputnik V, cuja importação também foi negada pela agência em razão da falta de documentação.

A falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) necessário para a produção da Coronavac e da vacina da AstraZeneca/Oxford deve atrasar a vacinação contra a Covid-19 no país nas próximas semanas.

Nesta sexta-feira (14), o Butantan anunciou a paralisação da produção da Coronavac por falta de insumos, que aguardam liberação na China. No mesmo dia, o instituto entregou 1,1 milhão de doses, que fazem parte do segundo contrato com o Ministério da Saúde, de mais 54 milhões de doses. Não há, porém, previsão de novas entregas.

Segundo o Butantan, dez mil litros do IFA já estão prontos e separados na China para envio ao Brasil, mas o país asiático ainda não liberou o embarque desses insumos.

A Fiocruz também informou que vai paralisar a produção nesta semana pela falta de IFA, cuja chegada está prevista para o sábado (22).

Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) atribuiu o atraso na chegada dos insumos a “entraves diplomáticos” e disse ter feito um apelo aos chineses para a liberação de novos insumos.

A declaração foi rebatida pelo Ministro da Saúde, que atribuiu o atraso na entrega do insumo ao Instituto Butantan à “questão contratual”. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que a demora na entrega do IFA importado da China pode estar ocorrendo por conta do empenho do país em vacinar seus cidadãos.

Para evitar novas paralisações, a Fiocruz espera fechar até o final de maio um contrato com a AstraZeneca para recebimento de mais remessas do IFA oriundo da China.

CNN Brasil 

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