SP prevê chegada da terceira onda
Foto: FERNANDA LUZ/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que ações estão sendo tomadas na tentativa de conter a variante indiana do coronavírus na cidade. De acordo com ele, reuniões foram feitas com o Estado, Ministério da Saúde, Anvisa e a prefeitura de Guarulhos na tentativa de estabelecer novos protocolos. Um homem que testou positivo para a variante desembarcou no aeroporto internacional no última sábado, 22, e seguiu para o Rio de Janeiro antes do diagnóstico. Agora, as barreiras sanitárias terão o monitoramento reforçado.
Edson Aparecido afirmou que, nos últimos dias, vias, rodoviárias e aeroportos realizaram uma triagem com os viajantes. Em 65 ônibus que chegaram no Terminal Rodoviário do Tietê, 1.371 pessoas foram abordadas e nenhum sintomático foi identificado. No Aeroporto de Congonhas, 68 voos aterrissaram com um total de sete sintomáticos. Já no terminal de cargas da Fernão Dias, 395 caminhoneiros foram parados e apenas um tinha sintomas da Covid-19. Todos esses foram testados. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o secretário afirmou que esse trabalho permite o acompanhamento da disseminação da nova variante do país asiático.
O secretário de Saúde comentou que, após o pico da onda da pandemia em 2 de abril, foi observada uma queda nos indicadores da doença. Porém, o patamar ainda é muito alto: 81% dos leitos de UTI estão ocupados na cidade de São Paulo. “Vemos um recrudescimento da doença, um aumento de casos. A área de planejamento da Secretaria Municipal prevê que a gente possa, por volta do dia 17 de junho, ter um número de casos e internações próximo do que foi o pico. Ainda sofremos os efeitos da segunda onda”, afirmou. Por isso ele defenda a necessidade de evitar aglomerações, usar máscaras de proteção e seguir as medidas sanitárias. “Estamos em um momento que volta a crescer o número de casos e isso está acontecendo em todo o Brasil.”
Ele afirmou que mais de mil festas e baladas clandestinas foram, promovidas por irresponsáveis, já foram fechadas em uma força tarefa que une Estado, municípios, Vigilância Sanitária e outras autoridades. Sobre a decisão de exigir um comprovante de residência para vacinar contra a Covid-19 na cidade a partir desta sexta, Edson Aparecido afirmou que isso foi necessário. “Nós já aplicamos quase 4,7 milhões de doses na capital. Agora, cada vez mais, os grupos são mais numerosos. São pessoas mais jovens, que circulam em toda a cidade. E a gente recebe as doses do Ministério da Saúde contadas. Por isso a nossa preocupação é muito grande”, finalizou.