Vem aí filme de um Superman negro

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Foto: Reprodução/Warner Bros

Em 2016, uma campanha nas redes sociais promoveu um rebuliço na até então acomodada indústria cinematográfica: a hashtag #OscarsSoWhite (#OscarsTãoBrancos, em tradução livre), viral no Twitter e Instagram, reacendeu o alerta para a falta de atores negros em grandes produções de Hollywood. Boicotada por artistas de todas as grandezas, a premiação sentiu na pele o peso dos novos (e atrasados) tempos e prometeu que, até no máximo este ano, o cenário seria outro. De fato, na cerimônia de entrega de estatuetas, ocorrida no último domingo de abril, 25, a mudança de postura do Oscar resultou em uma vitória histórica de ao menos três oscarizados não-brancos, fora as numerosas indicações para negros. Agora, a cobrança reverbera na outra ponta de Hollywood: os filmes de super-heróis, de sucesso comercial inegável, começam a correr atrás do atraso na representatividade.

O burburinho recai, principalmente, sobre o novo longa da franquia Superman, estrelada por último por Henry Cavill. Ao The Hollywood Reporter, fontes internas disseram que Warner Bros. e DC estão comprometidas com a inclusão de negros nos próximos filmes – em frente e atrás das câmeras. Embora rumores apontassem para Michael B. Jordan, o vilão bonitão de Pantera Negra, como o preferido para vestir o figurino do super-herói, ele próprio já desmentiu: “Estou honrado em ser incluído nessa conversa. Definitivamente é um elogio, mas vou só assistir ao filme dessa vez”, disse. Com isso, se abre espaço para uma pergunta-chave à DC: manter o charmoso Cavill no uniforme do Superman ou apostar em um ator diferente, preferencialmente negro? E outra ainda mais urgente, que deve ser respondida antes: quem seria um diretor à altura da primeira encarnação cinematográfica do Homem de Aço negro?

Para essa última pergunta, o contexto já é um pouco mais imbricado. Na mesma torrente da DC, a Marvel está em busca de um diretor negro para o longa Blade, cujo caçador de vampiros protagonista será vivido pelo vencedor do Oscar Mahershala Ali, e vasculha a mesma lista de nomes para a direção. Os candidatos mais cotados vão desde Regina King, de Uma Noite em Miami, e Shaka King, de Judas e o Messias Negro, a Steven Caple Jr. (Creed II) e J.D. Dillard (Sweetheart).

Alguns destes diretores em potencial já estiveram em reuniões com os dois estúdios para ambos os filmes, em um processo descrito como “fenomenalmente antecipado” por uma fonte interna. Nenhuma das duas companhias está com pressa: o roteiro de Superman, do autor Ta-Nehisi Coates, só deve ser finalizado em dezembro, enquanto Blade só começará as gravações em julho de 2022.

Especialmente para a DC, a escolha de um novo diretor é patente: é preciso, impreterivelmente, ditar um novo tom para Superman, uma vez que Jack Snyder, diretor por trás do último longa da franquia, de Liga da Justiça e Batman vs. Superman, já finalizou seus trabalhos na franquia. A ideia é remodelar o tal do “Snyderverse” para um novo momento da trama, e, embora os detalhes de roteiro sejam ainda muito incipientes, os bastidores tendem para que o novo filme do Homem de Aço não faça parte da cronologia de outras franquias da DC, como Flash e Supergirl, o que indica que este novo super-herói pode não coexistir com outros.

O roteirista Coates provavelmente está alinhando a trama de Superman aos quadrinhos originais e deve remontar a história desde o princípio, com o protagonista saindo de Krypton para chegar à Terra. Outra possibilidade cotada é do longa se passar no século XX, não mais contemporâneo aos espectadores.

De qualquer forma, DC e Marvel parecem ter como norte apostar em diversidade e representatividade em novas produções. Fora as discussões envolvendo Superman, a Warner Bros. está desenvolvendo o longa de Besouro Azul com o diretor latino Angel Manuel Soto e pretende incluir um Lanterna Verde gay na série a ser lançada pelo streaming HBO Max. Do outro lado, Kevin Feige, presidente da Marvel, já garantia em 2019 que a diversidade “é algo que se pode esperar cada vez mais nos filmes do estúdio, porque eles devem refletir o mundo como ele é”. Não há como discordar.

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