Bolsonaro quer que Pazuello o defenda

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Foto: Reprodução / Presidência da República

Sob pressão da CPI da Covid, o Palácio do Planalto avalia a possibilidade de o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello se pronunciar publicamente para blindar Jair Bolsonaro. Segundo interlocutores do presidente, Pazuello deverá se manifestar publicamente dizendo que foi avisado por Bolsonaro sobre as suspeitas de irregularidades envolvendo o processo de importação da vacina indiana Covaxin e tomou providências para corrigir eventuais falhas, comunicando o caso ao departamento responsável.

A expectativa de integrantes do governo é que o pronunciamento de Pazuello seja feito nos próximos dias por meio de nota ou de vídeo. Se confirmada, a versão apresentada por Pazuello deverá eximir Bolsonaro de suposta prevaricação na suspeita de irregularidades envolvendo a aquisição da vacina indiana, fabricada pela Bharat Biotech e que seria distribuída no Brasil pela farmacêutica brasileira Precisa.

Ao se pronunciar para falar sobre os trâmites do Ministério da Saúde, Pazuello evitaria o desgaste na imagem de Bolsonaro, que foi diretamente citado na CPI da Covid após os irmãos Miranda alegarem ter avisado o presidente da República sobre as suspeitas de fraude. Segundo a dupla, Bolsonaro ficou de acionar a Polícia Federal para investigar o caso — medida que nunca foi tomada.

Caso ocorra de fato, o pronunciamento de Pazuello reforçará a defesa de Bolsonaro, segundo a qual o presidente não acionou a PF porque levou o caso ao conhecimento do ex-ministro da Saúde, que, por sua vez, teria atuado para solucionar a questão.

Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello ganhou um cargo no governo após deixar a pasta. No dia primeiro de junho, ele foi nomeado secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, com cargo de R$ 16,9 mil. A sala de Pazuello fica a um lance de escada do local onde Bolsonaro despacha.

O Globo 

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