CPI quer depoimento ao vivo de médica que rejeitou cargo na Saúde

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Foto: Jefferson Rudy/Ag. Senado

A cardiologista Ludhmila Hajjar, que quase foi ministra da Saúde, pediu para falar na CPI, mas de forma remota, ou enviando um vídeo. Ela explicou que está sofrendo ameaças. Mas o presidente da CPI, Omar Aziz, não concordou.

Houve mais um dos intensos debates na CPI, mas Aziz tem razão. O temor é que, se admitir que um depoente fale remoto, todos os outros vão preferir prestar depoimento à distância. A CPI, então, perderia metade da força.

O primeiro a tentar esse expediente, de falar à distância, foi o ex-ministro Eduardo Pazuello. A CPI não aceitou para não abrir o precedente.

Agora, o pedido foi feito pelo próprio relator, Renan Calheiros, que defendeu a médica que chegou a ser cogitada para assumir a pasta antes do ministro Marcelo Queiroga, mas acabou sendo desconvidada por pressão da milícia bolsonarista na internet.

A CPI, contudo, tem que garantir segurança à médica durante o seu depoimento. E se ela está sofrendo ameaças, o que é mesmo o modus operandi de apoiadores extremados do presidente, Ludhmila Hajjar precisa de proteção policial e não apenas para depor.

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