Empresário bolsonarista só aceita depor após ameaça de prisão
Foto: Reprodução
Após a CPI da Covid requerer condução coercitiva para que Carlos Wizard preste depoimento, o empresário entrou em contato com a comissão, nesta segunda-feira, para que a oitiva seja agendada. A sessão ficou marcada para o próximo dia 30. Antes de se ver ameaçado com o uso de força policial para comparecer à comissão, Wizard havia ignorado as comunicações da CPI.
A defesa do empresário chegou a pedir ao Supremo Tribunal Federal que barrasse a condução coercitiva solicitada pela CPI, alegando que Wizard estava nos Estados Unidos, mas o ministro Luís Roberto Barroso não atendeu ao pleito. O magistrado concedeu ao empresário o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si, mas não o isentou de comparecer.
“Para dar cumprimento à decisão proferida pelo STF no HC 203387, de relatoria do Exmo. Ministro Barroso, solicitamos audiência, se possível ainda hoje, com o sr. Presidente dessa CPI/Pandemia para tratar da designação da data em que ocorrerá o depoimento do Sr. Carlos Wizard Martins ou dela ser informado se já houver sido designada. Estamos à disposição para estarmos presentes ainda hoje”, escreveu o advogado de Wizard, Guilherme Gordo.
Wizard é investigado pela CPI da Covid suspeito de ter financiado um “gabinete paralelo”, fora do Ministério da Saúde, que teria influenciado o governo nas decisões sobre a pandemia. Essas decisões teriam ignorado estudos científicos.