Ministra da Saúde que Bolsonaro não nomeou acertou números da pandemia

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Foto: Egberto Nogueira/Ímãfotogaleria/VEJA

A médica Ludhmila Hajjar, que chegou a ser cotada para assumir o Ministério da Saúde, já tinha previsto que o número de mortes no Brasil atingiria a marca de 500.000.

No dia 15 de março, em entrevistas concedidas ao recusar o convite para assumir o ministério, Hajjar previu um cenário “bastante sombrio com 500.000 ou 600.000 mortes” para a pandemia no Brasil.

Naquele dia, há pouco mais de três meses, o Brasil registrava 278.229 vidas perdidas. No sábado passado, dia em que o Brasil chegou aos 500.000 mortos, Ludhmila Hajjar gravou um vídeo de cerca de 13 minutos enumerando os erros cometidos pelo governo no combate à pandemia:

“Erro número um: não houve e não há uma ação centralizada, sistêmica, no sentido de organizar um plano de combate à pandemia da Covid-19. Não há um Ministério da Saúde eficiente, que se preocupe com a vida das pessoas, que centralize numa gestão técnica, numa gestão que modifique a vida das pessoas, que modifique as políticas de saúde pública no nosso país”, diz a médica.

No vídeo, ela também condena a politização da doença. “Essa doença não é da esquerda e nem da direita”.

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