Na CPI, acareação entre médica e infectologista

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou, nesta quarta-feira (9/6), a primeira acareação do colegiado, entre a médica Luana Araújo e a coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato.

O requerimento de acareação partiu do senador Otto Alencar (PSD-AM), que defende a presença das médicas na comissão para discutir de quem partiu a autorização para imunização de gestantes contra o novo coronavírus.

“A doutora Franciele Francinato fez uma nota técnica e mandou para os estados, para que parturientes pudessem tomar a segunda dose — e muitas mulheres foram a óbito —, eu queria dizer que isso é muito grave. Será que uma vida não vale a pena? De uma senhora grávida que queria dar à luz? Não vale a pena se discutir e debater porque deu a segunda dose de forma… Com imperícia, na minha opinião”, defendeu Otto.

Segundo o senador, também houve erro no planejamento da pasta na aplicação de doses dos imunizantes contra Covid-19 na população.

“Não se deu a segunda dose com 21 dias da Pfizer e 28 da AstraZeneca porque não tinha vacina pra dar. Aí, se começou a dar a primeira dose e esticar e dizer ‘vacinamos 74 milhões de brasileiros’ com a primeira dose. A primeira e a segunda dose, 10,8% até ontem [terça-feira]. Isso significa 20 milhões de brasileiros, num país de 215 milhões”, continuou.

Luana já havia dito ao Metrópoles que aceitaria uma acareação com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O motivo seria para apurar qual a verdadeira versão para a não nomeação da infectologista para secretaria do Ministério da Saúde.

A CPI ouve, nesta quarta-feira, o braço direito do ex-ministro Eduardo Pazuello, o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco.

Metrópoles