Pacheco “enrola” com prorrogação da CPI
Foto: UESLEI MARCELINO / Reuters
Mesmo após senadores reunirem as assinaturas necessárias para a prorrogação da CPI da Covid, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), só deve analisar o requerimento em agosto. Durante sessão em plenário, nesta terça-feira, Pacheco afirmou que o assunto será apreciado em “momento oportuno”.
— A Presidência considera que essa análise deve ser feita ao final do prazo de 90 dias da Comissão Parlamentar de Inquérito. E, por certo, será feita nessa ocasião, analisando as condições objetivas e subjetivas para tanto. Mas fica registrada a questão de ordem, que é recolhida pela Presidência para apreciação oportuna — disse Pacheco ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido de prorrogação por mais três meses.
Em tese, a comissão encerrará o prazo inicial de 90 dias em 7 de agosto. A data, no entanto, ainda pode ser alterada em duas semanas dependendo da determinação ou não do recesso parlamentar, previsto para ocorrer na segunda quinzena de julho. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), quer seguir as atividades normalmente no período para manter o ritmo, mas a decisão também depende de Pacheco.
O requerimento para ampliar o prazo dos trabalhos do colegiado tem, de acordo com a assessoria de Randolfe, 34 assinaturas, sete a mais do que o número mínimo necessário. Apesar disso, a lista precisa ser lida pelo presidente da Casa para ter validade. Até lá, os parlamentares ainda podem retirar os nomes.
Como mostrou o GLOBO, o governo é contra a prorrogação dos trabalhos da comissão por considerar que a medida vai gerar desgaste para o presidente Jair Bolsonaro, especialmente após suspeitas de irregularidades no processo de aquisição da Covaxin ganharem força, o que provocou a suspensão do contrato.
Assinatura
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