Politicamente incorreta, Copa América perde patrocinadores
Foto: Reprodução/ Internet
O julgamento previsto para esta quinta (10) no STF das ações que contestam a realização da Copa América no Brasil na pandemia deve alimentar um debate que cresceu no mercado publicitário nos últimos dias sobre qual deve ser o posicionamento dos patrocinadores. Mastercard e Ambev, que têm contratos históricos de patrocínio do evento, desistiram que expor suas marcas na competição, e o mercado observa os próximos passos de outras empresas associadas ao futebol.
As iniciativas da Mastercard e da Ambev foram vistas como um gesto de cautela diante do cenário delicado na crise sanitária, alinhadas a outras ações de suporte no combate à pandemia. Mas, de fora, algumas vozes no mercado ainda apostam que o torcedor esquece a polêmica quando o jogo começa.
A Mastercard anunciou na noite de terça (8) que não vai mais ativar seu patrocínio durante o evento no país, embora continue como patrocinadora, ou seja, a empresa abre mão de fazer ações de promoção e exposição da marca aliadas à competição. A companhia é patrocinadora do campeonato desde 1992, e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), desde 2012.
A Ambev seguiu o exemplo nesta quarta (9). Em um anúncio de poucas palavras, disse que suas marcas também não estarão presentes na Copa América. Na prática, a empresa honra o pagamento do patrocínio, mas não vai usar.
Procurada pelo Painel S.A., a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) não respondeu.
A Copa América seria originalmente dividida entre Argentina e Colômbia, mas chegou ao Brasil após a desistência dos dois países, causando desconforto entre jogadores e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), discussões nas redes sociais e críticas ao governo Bolsonaro.