PSD quer Meirelles e Caiado em chapa ao Senado

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Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Integrantes do PSD de Goiás trabalham para que Ronaldo Caiado (DEM) escolha Henrique Meirelles (PSD) como companheiro de chapa para o Senado, mas o governador hoje está mais próximo de nomes do MDB, como Iris Rezende ou Daniel Vilela.

Como mostrou o Painel, o ex-ministro e ex-presidente do Banco Central, que hoje é secretário da Fazenda de João Doria (PSDB), pretende ser senador, mas não fecha as portas a uma aliança com Lula (PT), de quem poderia ser vice, segundo sondagens. Meirelles também defende a candidatura do tucano na terceira via para 2022.

Para manter a promessa de lançar o ex-ministro, o PSD avalia até chapa pura com Vanderlan Cardoso (PSD) como candidato ao governo. Vanderlan, porém, eleito em 2018 ao Senado, não planeja concorrer ao Executivo.

O senador, que teve apoio de Caiado na eleição municipal em 2020, afirma haver um acordo para apoiar o governador em 2022 e indicar Meirelles para a vaga ao Senado. “Se depender de mim, o PSD estará na chapa com Caiado”, diz Vanderlan, pontuando que o acerto depende da cúpula do PSD e da vontade do governador.

“Meirelles tem serviços prestados a Goiás e ao Brasil, mas tem que estar presente”, pondera o senador.

“Está todo mundo conversando com todo mundo. Eu não tomo decisão antes da hora”, diz Meirelles a respeito de alianças partidárias. O secretário segue em isolamento mesmo vacinado. Por isso, participa de eventos, palestras e aulas em Goiás de forma virtual.

“No início do ano que vem, tomarei a decisão se vou ser de fato candidato lá e qual seria a composição”, afirma Meirelles, que tem intensificado as conversas e a articulação política em Goiás.

Políticos goianos veem Meirelles como volátil e apontam que dificilmente ele conseguirá uma candidatura competitiva —dinheiro não é tudo, dizem. “Em época de eleição ele vem ser oportunista aqui. Um cara que não fez nada por Goiás”, afirma o deputado federal Dr. Zacharias Calil (DEM).

A quem critica sua ausência, Meirelles diz que tem raízes no estado em que nasceu —a família da mãe chegou ao local em 1790 e a do pai, em 1830. O ex-ministro afirma ainda que interagiu com Goiás em sua carreira.

“As pessoas que me apoiaram lá acharam que eu poderia ajudar muito mais Goiás como presidente do Banco Central. Não é apenas militando na política local a vida inteira é que se pode fazer, eu dou todo valor aos políticos de lá, mas, no momento em que fui presidente do Banco Central, a economia de Goiás cresceu muito”, diz.

“Não estou disputando cargo de deputado estadual ou vereador ou mesmo no Executivo. Estou disputando um cargo de representação do estado no Congresso Nacional. Poderei fazer uma representação do estado muito relevante e útil.”

​Meirelles tem concorrência dentro do próprio governo paulista. O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy (PP), também pretende se candidatar a senador por Goiás.

Folha de S. Paulo