Romário quer que Del Nero seja preso

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Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O senador Romário (PL-RJ) decidiu entrar em campo na crise que atravessa a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). E já definiu seu objetivo: impedir qualquer movimento que possa implicar em retorno do ex-presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, ao comando.

Caboclo foi afastado no começo de junho por determinação da comissão de ética da entidade após ter sido acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária. Ele nega o teor das denúncias.

Como revelou o Painel, os advogados de Caboclo enviaram petição à comissão solicitando o fim da suspensão.

O ex-atacante da seleção brasileira, hoje com 55 anos, lê o episódio como movimentação de Del Nero para retomar o poder que tinha na CBF. E o senador já definiu os passos iniciais de sua estratégia para não deixar que ele “coloque a cabecinha para fora.”

“Vou dizer para ele o seguinte: ele está preocupado em voltar para a CBF, mas tem que se preocupar em não ser preso. Amanhã [nesta segunda-feira, 28] a gente vai recolocar todas as coisas que foram feitas na CPI [do Futebol] e pedir ao Ministério Público Federal que dê celeridade ao processo”, afirma Romário ao Painel durante a partida entre Brasil e Equador pela Copa América.

Em 2015 e 2016, Romário presidiu a CPI do Futebol, que teve como principais alvos Del Nero, então presidente da CBF, e ex-comandantes da entidade, como Ricardo Teixeira e José Maria Marin.

O relatório final da CPI, elaborado por Romero Jucá (MDB-RR), foi aprovado sem indiciamentos. Romário então se disse insatisfeito e enviou um relatório alternativo ao MPF propondo nove indiciamentos, feito com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

No caso de Del Nero, eles pediram indiciamento por lavagem de dinheiro, estelionato, crime contra a ordem tributária, crime contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e crime eleitoral. Teixeira e Marin também tiveram o indiciamento pedido pelos mesmos crimes.

Os três foram denunciados em 2015 pelo FBI, a polícia federal norte-americana, por fazer parte de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos de competições no Brasil e no exterior.

“Isso aí não vai ficar impune. Faço questão de mostrar que ele não tem capacidade, competência nem honradez de seguir não só na CBF, mas no futebol. Já que ele está banido, vai continuar banido, se depender de mim”, afirma Romário.

O senador afirma que Del Nero tem que ser preso e que retomará sua luta por isso agora que, segundo ele, o dirigente tenta voltar a chefiar o futebol brasileiro.

“É o momento certo para não deixar ele colocar a cabecinha para fora”, diz. “O Del Nero entende que o Caboclo tem que sair para ele continuar tendo o poder na CBF porque já entendeu que com o Caboclo lá ele perdeu tudo isso. Esse é o movimento que ele tem feito com algumas pessoas e está começando a crescer”, argumenta o senador.

“E a gente, como amante do futebol, e eu particularmente como senador, cidadão e ex-jogador da seleção brasileira, não tenho como aceitar isso. Não pode mais o Marco Polo, que já foi banido do futebol pela Fifa, ter algum tipo de poder na CBF. Vou brigar até o final em relação a isso. Se eu tiver aliados, ok. Se não tiver, foda-se, vou continuar brigando, sempre briguei”, acrescenta.

Sobre as denúncias que pesam contra Caboclo e que levaram ao seu afastamento, Romário insinua que vê as digitais de Del Nero no episódio. “Só ouvi o lado de lá, que é o lado também do Marco Polo, o lado que quer tirar o Caboclo da presidência. Agora a gente tem que ouvir o Caboclo. É o justo”, diz.

Ele diz não defender o empresário, mas afirma que deixou de bater na CBF porque ela deixou de ser corrupta em sua gestão.

“Não estou defendendo ele, até porque ele mesmo vai se defender no momento correto. Minha preocupação é com o Marco Polo Del Nero. Isso não pode acontecer, senão o futebol vai se foder de novo, agora que estamos começando a trilhar um caminho bem melhor”, finaliza o parlamentar.

Folha  

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