Ameaçando eleições, Bolsonaro pôs o Congresso contra si

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Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação

Jair Bolsonaro está conseguindo aquilo que nunca imaginou nos dois anos e meio de mandato: unir o Congresso. Contra ele mesmo.

Provocou ira generalizada ao dizer que o país pode não ter eleições no ano que vem. Acirrou ânimos com a manobra coordenada com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para que os comandantes militares assinassem uma nota crítica ao Senado, onde avança um inquérito parlamentar sobre a má gestão e suspeitas de corrupção nas ações governamentais durante a pandemia.

Pressionados, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, resolveram abrir caminho para a tramitação de projetos limitando a atuação de militares da ativa na fronteira política e em órgãos de governo.

Lira já prevê “várias matérias legislativas” no Congresso para “delimitar situações” — da participação política à ocupação de cargos, como foi o caso do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde hoje investigado na CPI da Pandemia, que subiu no palanque de Bolsonaro em recente comício no Rio.

Pacheco acha que revelações da CPI sobre o processo de decisões de governo na pandemia podem servir de referencial a uma “regulamentação da nomeação de militares para postos no poder público civil”.

Uma medida da disposição dos parlamentares está no ritmo de adesões ao projeto de emenda constitucional da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) para impedir militares da ativa em cargos da administração pública.

O texto nasceu em meados do ano passado, com simpatia de 18 partidos e pouco respaldo efetivo. Na semana seguinte ao “perdão” do Exército a Pazuello ganhou meia centena de subscrições no plenário. No fim de semana a perspectiva era de superar as 171 assinaturas necessárias para ir a voto. “Deveria ter uma ementa especial: ‘Mais uma obra de Jair Bolsonaro” — ironizava um dos líderes do Centrão ontem à noite.

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