Bolsonaro está nas mãos do presidente da Câmara

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Foto: Alan Santos/PR

O que é materialidade? Segundo os dicionários, é qualidade daquilo que é material, real. Falta materialidade aos 125 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, é o que acha Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e por isso nenhum deles será aceito por ele.

Lira deveria ter sido perguntado sobre o que entende por materialidade, e por que ela não existe em nenhum dos pedidos apresentados. Ontem, foi apresentado mais um, batizado de superpedido por reunir as razões expostas nos 125 pedidos anteriores, e ser assinado por partidos de esquerda e ex-bolsonaristas.

Justificou-se Lyra: “O que houve nesse superpedido? Uma compilação de tudo o que já existia. Depoimentos quem tem que apurar é a CPI. Então, ao final dela, a gente se posiciona aqui, porque na realidade o impeachment como ação política a gente não faz com discurso, a gente faz com materialidade”.

Quer dizer então que se a CPI da Covid-19, com base nos depoimentos que colher e nos fatos que investigar, concluir que Bolsonaro deve ser processado por crimes de responsabilidade, Lyra aceitará fazê-lo? Lorota! Bolsonaro fraco e refém dele faz de Lyra um presidente forte da Câmara e de muito além.

Lira bate na CPI sempre que pode, mas ela serve aos seus propósitos. No último dia 22, em cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que Lira “faz um trabalho excepcional”. Para ele, Executivo e Legislativo são “um casal”. E referiu-se assim aos Poderes da República, deixando de fora o Judiciário:

“Costumo sempre dizer que não são três poderes, são dois poderes. É o Judiciário e nós para o lado de cá, porque nós formamos heteramente um casal”.

Bolsonaro imagina-se o chefe do casal. Nas condições em que ele se encontra e que só tendem a piorar, o chefe é cada vez mais o presidente da Câmara, o poderoso chefão de votos, dono de orçamento bilionário, particular e secreto. Se Lira, um dia, desfizer o casamento, nem pensão pagará a Bolsonaro.

Metrópoles

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