Congresso deve derrubar eventual veto de Bolsonaro ao fundão

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Michel Jesus

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o aumento do Fundo Eleitoral, de R$ 1,8 bilhão para R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Congresso e à espera de sanção pelo presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o deputado, o valor é importante para financiar a democracia. Ele destacou que quantia insuficiente abriria margem para que organizações criminosas interferissem no processo eleitoral.

Lira ressaltou que o valor total seria para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e somente uma parte iria para os parlamentares. “É constitucional o direito do parlamentar de aprovar; do presidente, de vetar; e o direito do parlamentar de apreciar vetos. Se formos levar à luz da realidade o que foi o Orçamento de 2020 e 2021 da Justiça Eleitoral e fizermos o uso do indexador de 25%, o fundo não passaria de R$ 4,3 bilhões, nunca de R$ 5,7 bilhões”, justificou, em entrevista à Globonews.

Ele lembrou que o próprio Congresso aprovou o fim do financiamento privado. “Se não temos orçamento privado, temos o público. A primeira discussão é essa. Temos outra forma de financiar? Temos como manter a democracia sem um sistema claro?”, questionou. “De onde virão os financiamentos se não tivermos recursos suficientes? Das milícias, do tráfico, das influências das igrejas? De outsiders e personalidades que estão de maneira momentânea participando da política? Essa é a discussão. Com relação a valores, isso só será precificado na votação do Orçamento de dezembro para janeiro. E a população pode participar. Nenhum acordo chega ao plenário para ser votado sem discussão ampla.”

Deputados e senadores, no entanto, estão reagindo contra os valores do Fundão. O senador Lasier Martins (Podemos-RS) protocolou um projeto de lei para que, a partir de 2022, o valor destinado às eleições seja reajustado, obrigatoriamente, de acordo com a inflação, acabando com as negociações de aumento entre Executivo e Legislativo.

Para Lasier Martins, os recursos do Fundão deveriam ficar nos R$ 2 bilhões delimitados em 2020. O PL do senador não estabelece um valor fixo. “Vou brigar para que a referência seja os R$ 2 bilhões. “A verdade é que agora, Bolsonaro está nas mãos do Centrão. Ele perde muita autonomia. Ele não pode revogar a lei que criou o Fundão. Isso é crime de responsabilidade. Mas pode propor um valor mais baixo. E pela influência do (chefe da Casa Civil) Ciro Nogueira (PP-PI), eles vão tentar baixar para R$ 4 bilhões. Eu vou votar contra”, antecipou.

Já o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) encomendou um estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara dos Deputados, que indicou que o presidente da República não precisa aceitar nenhuma das opções. Pode vetar e fixar o montante em R$ 800 milhões.

Conforme o estudo, o valor mínimo do Fundão “será definida pelo TSE e equivale ao somatório da compensação fiscal que as emissoras comerciais de rádio e televisão receberam pela divulgação da propaganda partidária efetuada no ano da publicação desta lei e no ano imediatamente anterior” com atualização segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“O valor da compensação fiscal que as emissoras comerciais de rádio e televisão receberam pela divulgação da propaganda partidária efetuada nos anos de 2016 e 2017 totalizou R$ 653 milhões. Estima-se que, para 2022, tal valor atualizado pelo INPC resultará numa parcela de R$ 800 milhões”, frisa o texto.

Kataguiri enfatizou ser contra Fundo Eleitoral. “Mas se a lei obriga R$ 800 milhões, que seja esse valor. Jair Bolsonaro tem o fundamento técnico, jurídico, para não sancionar.”

Correio Braziliense

 

Assinatura
CARTA AO LEITOR

O Blog da Cidadania é um dos mais antigos blogs políticos do país. Fundado em março de 2005, este espaço acolheu grandes lutas contra os grupos de mídia e chegou a ser alvo dos golpistas de 2016, ou do braço armado deles, o juiz Sergio Moro e a Operação Lava jato.

No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.

O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.

O trabalho do Blog da Cidadania sempre foi feito às expensas do editor da página, Eduardo Guimarães. Porém, com a perseguição que o blogueiro sofreu não tem mais como custear o Blog, o qual, agora, dependerá de você para continuar existindo. Apoie financeiramente o Blog

FORMAS DE DOAÇÃO

1 – Para fazer um depósito via PIX, a chave é edu.guim@uol.com.br

2 – Abaixo, duas opções de contribuição via cartão de crédito. Na primeira, você contribui mensalmente com o valor que quiser; na segunda opção, você pode contribuir uma só vez também com o valor que quiser. Clique na frase escrita em vermelho (abaixo) Doação Mensal ou na frase em vermelho (abaixo) Doação Única

DOAÇÃO MENSAL – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf

DOAÇÃO ÚNICA – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf