
Bolsonaro “confia” no depoimento de Barros
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta quinta-feira (12/8), que o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, deve se sair bem no depoimento que irá prestar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O depoimento ocorre logo mais, às 10h, no Senado Federal. Barros foi citado no caso envolvendo supostas irregularidades nas negociações da vacina indiana Covaxin.
“Vamos ver o que acontece hoje. Não digo que tenho certeza, mas tenho convicção — pelo que conheço do Ricardo Barros — que, nesse caso específico da vacina, onde a CPI me acusa de corrupção sem ter comprado uma dose, sem ter pago um real, eu acho que ele vai se sair bem lá”, disse o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan Maringá (PR), reduto eleitoral do deputado paranaense.
O mandatário frisou que Barros é um político experiente. O parlamentar é deputado federal desde 1995 e já foi ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB).
“Hoje vai chegar o dia, também estou ansioso por isso, para ele na CPI, que é um deputado experiente, ir lá explicar o que aconteceu e ponto final”, afirmou Bolsonaro.
Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que, ao alertar o presidente Bolsonaro sobre possíveis irregularidades nas negociações da vacina Covaxin, o chefe do Executivo teria dito que Barros estaria envolvido no esquema.
Miranda reuniu os indícios de irregularidades por meio de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde.
“Ele [deputado Luis Miranda] falou que eu teria criticado o Ricardo Barros. Bem, eu não vou ficar batendo boca com parlamentar. Primeiro, se ele tem algo de concreto para apresentar contra mim, é mais do que direito, é dever dele denunciar. Esperou quatro meses para falar, agora começa a querer me jogar contra o Ricardo Barros. Eu fico quieto”, disse Bolsonaro nesta quinta.
O chefe do Executivo ainda afastou acusações de que não teria defendido o líder do governo. “Como eu não defendi o Ricardo Barros? Ricardo Barros é o líder do governo na Câmara. Se eu tivesse demitido ele da liderança do governo, daí assim podia pensar de maneira diferente”, pontuou.
Bolsonaro também reclamou da possibilidade de ser indiciado pela CPI por charlatanismo e curandeirismo, além de publicidade enganosa. O indiciamento decorre da defesa do mandatário da país pelo uso de medicamentos ineficazes no tratamento da Covid-19.
“Estou sendo acusado de mentir, mas não apresentam um papel. Nada tem no tocante a isso daí. Eu agora sou acusado também de charlatanismo e curandeirismo”, apontou o presidente.
Ricardo Barros está na mira da comissão por causa do caso Covaxin, vacina produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e negociada com o Ministério da Saúde, através da empresa intermediária Precisa Medicamentos. Ele foi citado pelos irmãos Miranda como um dos envolvidos nas supostas irregularidades na negociação do imunizante.
O governo empenhou – reservou no orçamento para este fim– o valor de R$ 1,6 bilhão para comprar a Covaxin, mas, após as irregularidades virem à tona, suspendeu o contrato. A Bharat cancelou o acordo com a Precisa.
Após ser citado, Barros se manifestou diversas vezes negando qualquer participação no caso e acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que o depoimento dele fosse marcado o quanto antes.
O líder do governo é autor de uma emenda à Medida Provisória n° 1026, das vacinas contra a Covid-19, que possibilitou a importação do imunizante. O parlamentar também teve os sigilos de dados telefônico, fiscal, bancário e telemático quebrados pela comissão.
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