Bolsonaro confirma pedido de impeachment de ministros do STF

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Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira (17) que encaminhará pedido de impeachment contra dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Senado, criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de bloquear o financiamento de canais na internet que propagam notícias falsas e questionou se ministros da Corte também aplicarão sanções em suas páginas. O presidente ainda argumentou que “ninguém quer uma ruptura” no país, mas caberá ao povo dar o norte sobre suas ações.

“Ninguém nunca me viu criticando, atacando os 11 ministros do Supremo. Quem fala isso está mentindo porque não tem como provar. Eu critico pontualmente alguns deputados, senadores e ministros”, afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Nova Capital, de Mato Grosso. “Mas não pode alguns poucos ministros e autoridades se tornarem donos do mundo e da verdade.”

Bolsonaro criticou a condução de inquéritos que o atingem pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e disse que ele está “fazendo barbaridades” junto ao ministro Luis Felipe Salomão, do TSE, que “numa canetada mandou desmonetizar páginas de pessoas que criticam falta de mais transparência no voto”.

“Ele [Moraes] abre um inquérito, ele investiga, ele julga e ele prende. Sem a participação do Ministério Público, nada. Ele abriu um inquérito agora contra a minha pessoa por fake news sem ouvir o Ministério Público. Vai fazer diligência, busca e apreensão na minha casa? Vai me sancionar nas redes sociais? Será que ele vai chegar a este ponto?”, provocou Bolsonaro. “Quando perguntam ‘o que você vai fazer’. Esta semana tem novidades. Eu vou entrar com pedido de impedimento dos ministros no Senado, o que o Senado vai fazer? Tá com o Senado agora, é independência, eu não vou tentar cooptar senadores. Não vou fazer como o senhor Barroso fez de ir para dentro do parlamento reunir com lideranças partidárias”.

Os pedidos de impeachment serão direcionados a Moraes e ao presidente do TSE, Luis Roberto Barroso. Mesmo sem apresentar provas, Bolsonaro defendeu que tem direito de colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.

“Agora, alguns dizem que o TSE vai me tornar inelegível no ano que vem. Baseado no quê? Pelo que estou sabendo, isso é mais que uma fumaça, é um pequeno incêndio, baseado em fake news. ‘Ah, porque está atentando contra a democracia porque quer o voto impresso auditável’. É um direito meu!”, bradou.

Diante de questionamentos de ouvintes da emissora de rádio sobre sua reação às ações do STF, Bolsonaro voltou a dizer que seguirá a vontade popular, incentivando manifestações para o dia 07 de setembro.

“Nós atuamos dentro das quatro linhas da Constituição, mas do lado de lá alguns já saíram, como o senhor Alexandre de Moraes e o senhor Salomão do TSE. Ninguém quer uma ruptura, isso tem problemas internos e externos, o mundo pode levantar barreiras contra a gente. Onde é o limite disso? Sou leal ao povo brasileiro, que estará nas ruas no dia 7, o povo é quem tem que nos dar o norte do que devemos fazer”, finalizou.

Bolsonaro voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia contra covid-19, sugeriu que há interesses econômicos por trás da defesa da vacina em detrimento de drogas de baixo custo e provocou o governador de São Paulo, João Doria, sobre a morte de idosos que receberam as duas doses da CoronaVac.

“Por que esta onde toda contra o tratamento precoce? Será por que é um grande negócio por parte da indústria farmacêutica comprar vacinas? Olha o que está acontecendo com a CoronaVac. Ninguém tem coragem de falar, mas tem gente que tomou as duas doses e está morrendo. Por que? Porque acreditou nas palavras do governador de São Paulo, ele tuitou dizendo ‘quem tomou as duas doses, se for infectado, jamais morrerá’”, afirmou o presidente.

Valor Econômico  

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