Bolsonaro diz que vai a manifestação pró-voto impresso

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Foto: Reprodução

Menos de dois dias depois de a Câmara dos Deputados rejeitar a PEC do voto impresso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve o discurso contra o atual sistema de urnas eletrônicas em quase uma hora de entrevista para a Rádio Jovem Pan Maringá na manhã de hoje.

Assim como já tinha indicado em rápida conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada ontem, Bolsonaro não recuou em sua posição em defesa do voto impresso, repetindo ataques ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, e fazendo, sem provas, alegações infundadas de fraudes em eleições passadas.

Embora tenha dito na entrevista que reduzirá a pressão em relação ao tema, o chefe do Executivo ainda acenou com a possibilidade de comparecer a uma manifestação que está sendo organizada por apoiadores para o dia 7 de setembro, em São Paulo. O protesto inicialmente tem como principal bandeira o pedido pela implementação do voto impresso.

“É nossa obrigação fazer a vontade da maioria da população. Estão organizando movimento para 7 de setembro em São Paulo. Estou sendo convidado e vou decidir nos últimos dias se vou ou não”, disse Bolsonaro

O presidente da República ainda disse quais consequências espera da manifestação. “Gostaria que não só o parlamento, mas como alguns ministros do TSE ouvissem o povo”, disse.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro disse que “não vai esperar acontecer para tomar providências” — ao comentar sobre países como Cuba, Venezuela e Argentina — e que “se o povo continuar apoiando”, irá “até o final da linha”. Ele não explicou quais providências seriam essas e o que seria o final da linha.

A entrevista de Bolsonaro ficou marcada por um discurso muito parecido, com frases idênticas, ao que fazia antes de o projeto do voto impresso ter sido derrubado na quinta-feira (10) pela Câmara dos Deputados.

“Quero eleições limpas, transparentes. Nós não podemos terminar as eleições do ano que vem sob o voto da desconfiança”, afirmou Bolsonaro, que continuou a fazer críticas e acusações contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de articulação com lideranças políticas para reprovar a pauta.

Ele também criticou o discurso do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Fux, por ter dito que os ataques de Bolsonaro a Barroso mexiam com todos os ministros da corte. “Não é assim, se um militar faz uma coisa errada, o que fazemos? A gente investiga. Não pode ter corporativismo nessas questões”.

Apesar de ter afirmado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que respeitaria a decisão do Plenário, Bolsonaro disse que vai continuar com sua “luta”, “mas com menos expressão agora”.

“Vou diminuir a pressão da minha parte, vou diminuir a pressão, sim, porque tem muita coisa para fazer pelo Brasil, mas não podemos esquecer”, disse

O chefe do Executivo ainda disse continua jogando “dentro das quatro linhas da Constituição”.

“Eu quero, se perder a eleição, entregar a faixa e cumprimentar, desejar sorte, e ir cuidar da minha vida. Agora, da forma como está, parece que estão conduzindo para eleger aquele cara que até pouco tempo estava preso”, disse, numa referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Bolsonaro, se a população continuar o apoiando, “só Deus me tira daqui”.

Após fazer uma transmissão em que prometia apresentar provas de fraudes contra a segurança das urnas, e sendo obrigado a mudar o discurso e dizer que tinha apenas “fortes indícios” contra o sistema eleitoral, Bolsonaro agora repete enfaticamente que não tem provas de suas acusações, mas que ele “ouviu falar” sobre o tema.

Apesar de questionadas por Bolsonaro, as urnas eletrônicas são auditáveis e testadas com regularidade sobre sua segurança. Já foi constatado que os dados principais são invioláveis e não podem ser infectados por vírus que roubem informações. O TSE afirma que não há indícios de fraude em eleições desde 1996, quando as urnas eletrônicas foram adotadas.

Uol  

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