Ciro Nogueira aposta em festa de posse no Planalto

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tomará posse na tarde desta quarta-feira, 4, em cerimônia planejada sob medida para mostrar que o governo entra em outra fase, de “portas abertas” para o Congresso, e não só para o Centrão. Líder do Progressistas, principal partido do bloco, Nogueira convidou para a solenidade presidentes de siglas de um amplo espectro político, como PSD, MDB, PSDB, PL, PSL, Solidariedade e Republicanos.

No comando da Casa Civil, o ministro terá a tarefa de apagar incêndios políticos e, agora, até mesmo de debelar a crise com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi por unanimidade que o TSE decidiu, na noite desta segunda-feira, 2, abrir inquérito administrativo contra Bolsonaro por declarações infundadas de fraude no sistema eletrônico de votação e ameaças às eleições de 2022. Além disso, pediu ao Supremo a inclusão de Bolsonaro no inquérito das fake news.

Senador licenciado, Nogueira está trabalhando desde a semana passada, tem participado de reuniões com a equipe e já começou a orientar a estratégia de senadores aliados, na tentativa de minimizar os problemas do governo na CPI da Covid. A posse do novo ministro ficou para esta quarta-feira porque ele não queria correr o risco de ver a festa esvaziada pelo recesso parlamentar.

Com o pré-candidato ao governo do Piauí na Casa Civil, o número de ministérios ocupados por partidos do Centrão passa para quatro. O grupo também é representado pelos deputados licenciados João Roma (Republicanos-BA), no Ministério da Cidadania; Fábio Faria (PSD-RN), nas Comunicações, e Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo. Faria já anunciou a saída do PSD e vai se filiar ao Progressistas. Todos esses nomes devem deixar o governo em abril para se candidatar às eleições de 2022.

Nogueira terá em mãos uma estrutura com 210 cargos disponíveis para livre nomeação. Avisou, porém, que mudanças drásticas não devem ocorrer neste momento. O ministro tem dito que vai manter Jonathas Assunção de Castro no cargo de secretário-executivo. A função é a segunda na hierarquia da pasta. Jonathas foi secretário-executivo do atual titular da Secretaria-Geral, general Luiz Eduardo Ramos, quando o militar chefiava a Casa Civil e a Secretaria de Governo.

Expoentes do Progressistas, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL); o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PR) – alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid –, e o ex-vice-governador do Rio Francisco Dornelles já confirmaram presença na posse de Nogueira. Dornelles presidiu o Progressistas antes do novo titular da Casa Civil. O partido é hoje comandado interinamente pelo deputado André Fufuca (MA).

Não é a primeira vez que o governo promove aglomeração e desrespeita regras sanitárias durante a pandemia do novo coronavírus. Em fevereiro, por exemplo, a posse de João Roma no Ministério da Cidadania reuniu autoridades sem máscara, entre elas o próprio Bolsonaro e o vice, Hamilton Mourão.

A confraternização esperada na posse de Nogueira, no entanto, contrasta com as anteriores, como a de Flávia Arruda (PL) na Secretaria de Governo, em abril, quando houve uma cerimônia reservada, com poucos convidados.

À época, a posse de Flávia ficou marcada pela presença do ex-deputado Valdemar Costa Neto. Foi a primeira vez que Costa Neto, presidente do PL, apareceu em evento público no Planalto, após ter sido condenado e preso, em dezembro de 2013, no esquema do mensalão.

A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) chegou a remover as fotos do dirigente do PL da galeria de imagens, mas, após a publicação da notícia, todas foram devolvidas para o mesmo lugar. Agora, Costa Neto também é aguardado na cerimônia da troca de guarda na Casa Civil.

Estadão

 

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