Detalhes da baixaria envolvendo advogado de Bolsonaro em bar no DF

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Foto: Reprodução

A confusão que movimentou o restaurante Chicago, na QI 11 do Lago Sul, envolvendo um casal e Frederick Wassef – advogado da família Bolsonaro – no último sábado (21/8), foi movida a muito álcool. Adroaldo Juliani, 65 anos, que correu com uma faca atrás de Wassef, e a mulher dele, Marcia Juliani, 53, que o xingou após sair do banheiro, pagaram uma conta de R$ 1.230,57 no estabelecimento, boa parte gasto com bebidas.

O Metrópoles apurou que o casal, a filha deles e mais uma pessoa estavam sentados à mesa. Foram pedidas duas garrafas de vinho, totalizando R$ 248, e nove caipiroskas de cajú, que custaram, no total, R$ 233,10. Antes do tumulto, que acabou na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) e, posteriormente, na 1ª DP (Asa Sul), os clientes ainda consumiram 20 canecas de chope (R$ 259,80, no total) e mais duas caipirinhas de limão (R$ 51,80).

Portanto, do total da conta, R$ 792,70 foram gastos apenas com bebidas alcoólicas.

Testemunhas ouvidas pela reportagem informaram que tanto Adroaldo quanto a companheira apresentavam sinais de embriaguez. “Existe grande chance de o estopim para essa confusão ter sido a bebida alcoólica, que foi consumida de forma exagerada”, disse uma fonte policial. Ameaçado com uma faca, Wassef não consumiu bebida alcóolica no restaurante que tenha sido registrada pelo estabelecimento.

A briga começou quando Adroaldo entrou aos berros no restaurante e acusou Frederick Wassef de ter assediado a esposa dele na saída do banheiro, alguns minutos antes. Além dos xingamentos, registrados em vídeos por clientes da casa, ele ameaçou Wassef com uma faca, que pegou em uma das mesas.

O Metrópoles teve acesso aos depoimentos dos três envolvidos diretamente no episódio, prestados à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesse sábado (22/8). Ambos apresentaram versões contraditórias sobre a história. O marido disse que confrontou Wassef após a esposa sinalizar que havia sofrido uma cantada. Ela, por sua vez, alegou no depoimento à polícia que houve um “mal-entendido”.

Wassef negou o assédio e disse ter sido ofendido pela mulher por questões políticas. “Ela é uma louca, petista, esquerdopata. Inventou uma mentira enorme para me prejudicar só porque odeia o presidente (Jair) Bolsonaro”, afirmou Wassef ao Metrópoles no domingo (22/8).

O advogado narrou em detalhes a versão dele sobre o episódio. Wassef disse que saiu de casa no meio da tarde para comer um bife de tira na casa de carnes do Lago Sul. Foi sozinho e ficou em uma mesa no fundo do restaurante.

Em um certo momento, ele se levantou para falar ao telefone e se dirigiu para perto da saída do restaurante, longe, portanto, dos banheiros. Isso seria um sinal de que a versão do casal era mentirosa, alega Wassef.

Wassef acrescentou que falava sobre política quando a mulher se aproximou e começou a observá-lo ao telefone. “Ela me reconheceu e começou a me xingar”, conta o advogado.

Segundo Wassef, o marido dela, naquele momento, viu de longe a discussão e se aproximou para pedir desculpas pelo tom agressivo da esposa. Chegou até a oferecer duas notas de R$ 50 para “um chope” como um pedido de desculpas pelo transtorno, de acordo com a versão do advogado.

Minutos depois, de acordo com o relato de Wassef, Adroaldo Juliani voltou, jogou sobre ele um copo de Coca-Cola e começou a acusá-lo pelo assédio à esposa na porta do banheiro.

Wassef relatou que o homem pegou uma faca sobre a mesa e desferiu um golpe em sua direção. Ele conseguiu evitar a lâmina. O advogado, então, correu para escapar do ataque e chegou a ser perseguido pelo homem, que acabou contido por terceiros.

Em depoimento, Adroaldo Juliani, que disse ser simpatizante do presidente Jair Bolsonaro, relatou que cumprimentou Wassef ao sair do restaurante no horário do almoço. E, ao chegar em casa, ouviu a mulher relatar que o advogado havia “falado besteira” na saída do banheiro, segundo a ocorrência.

O marido entendeu que a esposa havia sido alvo de assédio, pegou o carro e voltou ao restaurante para confrontar Wassef. “Safado, sem vergonha. Atacando mulher no banheiro”, gritou o marido, como mostrou uma das gravações em vídeo.

Em depoimento na delegacia, a esposa afirmou que corroborava com o relato apresentado pelo marido. Mas considerou que houve um “mal-entendido”. Argumentou que, ao mencionar a “besteira” dita por Wassef na saída do banheiro, ela “se referia a conversas sobre políticas bolsonaristas”. A mulher alegou ter posição crítica sobre o governo Bolsonaro.

Procurado pelo Metrópoles, Adroaldo Juliani não quis entrar em detalhes sobre o caso e disse que as câmeras do restaurante vão mostrar o que realmente aconteceu.

Segundo a Polícia Civil do DF, Adroaldo Juliani pode ser enquadrado nos crimes de tentativa de homicídio, direção perigosa de veículo na via pública e porte de arma branca.

Preso em flagrante, ele passou a noite na delegacia e foi liberado no dia seguinte.

Metrópoles

 

 

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