CPI pode pedir condução coercitiva de depoente
Foto: Pedro França/Agência Senado
A CPI da Covid solicitou à Polícia Legislativa a condução sob vara do lobista Marconny Albernaz, que tem depoimento previsto para esta quinta-feira. Ele ainda não chegou ao Senado e, se não for encontrado, poderá ser alvo de prisão preventiva.
O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que Albernaz já pode ser considerado foragido. Ele é suspeito de intermediar negócios ilícitos com o Ministério da Saúde.
“Esse senhor não é o lobista somente da Precisa. Ele é o senhor de todos os lobbies, com ações diretas no Ministério da Saúde e contato com pessoas próximas ao presidente da República”, afirmou Randolfe.
Ontem, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o lobista auxiliou Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, na abertura de uma empresa. Mensagens trocadas entre os dois expuseram as tratativas.
Também ontem, Albernaz chegou a apresentar um atestado médico à CPI, alegando problemas de saúde para não comparecer. O atestado, no entanto, foi invalidado pouco tempo depois pelo médico, que apontou uma tentativa de simulação de sintomas pelo lobista.
“Essa CPI não acaba sem ouvir o senhor Marconny”, completou o vice-presidente da CPI, ao lembrar que o lobista também tem relações próximas com a advogada Karina Kufa, que tem Bolsonaro entre seus clientes.
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