Pacheco insinua que Bolsonaro quer ser presidente dos três Poderes

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Foto: Cristiano Mariz/O Globo

União nacional, respeito, sobretudo entre Poderes, responsabilidade e otimismo são quatro valores que precisam estar arraigados no país, disse nesta quarta-feira o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em reunião do Movimento Pessoas à Frente.

Ele defendeu o respeito a divergências e a compreensão do que é o papel do outro na separação de Poderes. “Que o presidente não pretenda ser presidente do Supremo, nem presidente do Congresso”, disse. Isso é necessário para que a política não descambe para a agressividade e a “lacração” na internet. “O caminho é o do respeito”, disse. “Respeito é bom e a gente gosta.”

O presidente do Senado disse que coisas boas foram feitas pelo Congresso, assim como coisas ruins, que precisam ser corrigidas. “Para cada problema, tem uma solução.”

Ao falar sobre otimismo, ele citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek, um “otimista de raiz”. O próprio evento é uma demonstração de entusiasmo com o país, ao discutir formas de melhoria na gestão pública, disse.

Pacheco iniciou seu discurso falando que, além do negacionismo [da covid], temos no Brasil sentimento muito ruim de negativismo. Uma sensação que as coisas no Brasil são piores do que no resto do mundo.

“É evidente que país que tem ainda risco de inflação, alto desemprego, miséria, isso é sinal de alerta”, disse. “Mas esse negativismo não pode sucumbir à realidade do que também se evoluiu no Brasil nos últimos anos.”

O avanço da agenda econômica fortaleceu o Brasil e permitiram que o país enfrentasse a pandemia com uma economia resiliente.

No entanto, ainda há desafios, como reformas tributária e administrativa, para se ter um Estado que seja de um tamanho necessário. “Não é invocação do Estado mínimo”, disse. É para ter um Estado que possa ter um corpo com pessoas com plano de carreira, boas remunerações, mas que tenham também exigência de produtividade. “Que tenha estabilidade, mas relativa.”

Valor Econômico

 

 

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