Eduardo Leite pergunta se só ele votou errado em 2018

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Foto: Claudio Belli/Valor

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse no UOL News desta manhã que não há como responsabilizar quem votou no presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018 pelo cenário atual do país. O tucano apoiou e votou em Bolsonaro no segundo turno das últimas eleições.

“Vamos colocar a responsabilidade nas dezenas de milhões de brasileiros que votaram no Bolsonaro? Todos que votaram nele votaram na expectativa de que fosse algo diferente. Essa responsabilidade pelo voto não é apropriada. Naquela eleição de 2018 votamos na expectativa de que fosse algo de diferente. De um lado, tínhamos a certeza de que a escolha pelo PT seria ruim para o país, de outro lado, tínhamos a dúvida”, afirmou Leite.

Pré-candidato do PSDB às eleições do ano que vem para presidente, Leite diz que o país vive um “desastre” na economia. Apesar de alguns políticos tucanos se alinharem à política de Paulo Guedes, o governador gaúcho afirma que sua agenda não é a mesma do atual ministro da Economia.

A agenda do Paulo Guedes não necessariamente é a nossa. Privatização que não anda, responsabilidade fiscal que não há e que arrebenta com nossa economia, juros sobem, inflação pressionada pelo preço do câmbio…
Eduardo Leite

Sobre a disputa com o governador de São Paulo, João Doria, pela preferência do PSDB nas eleições de 2022, Leite diz que tem o apoio de muitos “tucanos históricos”. O gaúcho chega a citar Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB para o PSD.

“Posso dizer que aqueles que estão em torno dele (Alckmin) estão fortemente engajados. Tenho buscado conversar com ele, conselhos. Ele tem dado as suas colaborações para que a gente encaminhe essa vitória”, afirma Leite, sobre as prévias do partido.

O governador gaúcho diz que, apesar de estarem no mesmo partido, ele e Doria têm estilos diferentes. Ele vê a atuação política do governador de São Paulo como de “enfrentamento”.

A característica do governador João Doria sempre foi, ao longo de sua trajetória política, de mais enfrentamentos. O que é uma característica, não estou fazendo juízo de valor. Talvez em outro processo eleitoral, de 2018, fizesse sentido ao partido apresentar uma candidatura com esse viés, naquele ambiente político
Eduardo Leite

Leite também disse que ter tornado público o fato de ser homossexual não deveria ser algo que influenciasse nas eleições do ano que vem. Ele afirmou que nunca negou sua orientação sexual, nem tentou criar um personagem para convencer de algo que não é.

“Falei sobre isso porque muitos adversários tentam ou tentavam usar isso com piadinhas, insinuações, tentando fazer crer que eu tinha algo a esconder. Não tenho nada a esconder. A esconder têm eles, que têm rachadinhas, mensalão, tantas outras coisas que escondem na política”, afirma Leite.

O tucano disse que recebeu relatos de algumas pessoas que teriam se conciliado com a família após ele dizer publicamente que é homossexual.

Era importante trazer este tema. Fico feliz que de alguma forma tenha tocado na vida de muita gente que se sensibilizou, famílias que se reconciliaram, trazendo o tema à discussão. Isso trouxe esse debate e foi uma oportunidade de ajudar algumas pessoas também, quem sabe, se aceitarem melhor. Eduardo Leite

Uol  

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