Guedes vai à Câmara explicar offshore em 10 de novembro
Foto: Edu Andrade/Ascom/ME
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comparecerá à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara em 10 de novembro para prestar esclarecimentos sobre movimentações financeiras no exterior por meio de empresas offshores. A informação foi confirmada ao Valor pelo presidente do colegiado, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).
Em 6 de outubro, a comissão aprovou a convocação de Guedes, seguindo movimento feito um dia antes pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Casa.
Na avaliação de Ribeiro, é importante que o chefe da equipe econômica se explique, já que as informações publicadas sobre as movimentações financeiras no exterior não são uma boa sinalização para os investidores estrangeiros.
Além das comissões, o plenário da Câmara também aprovou um requerimento para que o ministro da Economia comparecesse para prestar explicações aos deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ainda não marcou uma data para que ele seja ouvido.
No início do mês, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) publicou reportagens batizadas de “Pandora Papers” citando mais de 330 pessoas públicas de 91 países e territórios que têm ou tinham empresas offshore, fora de seu domicílio fiscal e abertas em locais conhecidos como paraísos fiscais. No Brasil, além de Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e empresários também foram citados. Todos afirmaram que os recursos foram declarados aos órgãos competentes.
Ter recursos offshore ou em conta no exterior não é ilegal desde que o saldo mantido seja declarado à Receita Federal e ao BC. Segundo o ICIJ, Guedes e Campos Neto tinham empresas offshore mantidas depois de integrarem o governo. O presidente do BC fechou uma empresa cerca de 15 meses após assumir o BC. A de Guedes está ativa.
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