Primo de ex-presidente do Senado pode ser traficante

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Foto: Reprodução

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira o ex-deputado estadual pelo Amapá Isaac Alcolumbre, de 53 anos, primo do senador e ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Isaac foi um dos 19 alvos de mandados de prisão da operação Vikare, que investiga grupo criminoso que atua com o tráfico internacional de drogas no Amapá. Ele é dono de aeródromo, um pequeno aeroporto, em Macapá onde, segundo a PF, funcionava uma espécie de “base” para abastecimento de combustível e manutenção de pequenas aeronaves vindas da Colômbia e Venezuela que distribuíam drogas para outras regiões do Brasil. No aeródromo de Isaac, foram apreendidos grande quantidade de dinheiro vivo, carros de luxo e aeronaves.

Em nota à imprensa, o ex-deputado negou as acusações de tráfico de drogas e disse que chegou a comunicar “por vezes” à polícia sobre suspeitas, porém não detalhou os crimes.

“Com relação a outras acusações das quais ainda não tenho informações faremos a defesa no momento oportuno. Tenho um hangar (aeródromo), onde recebo várias aeronaves diariamente, por vezes já comuniquei a polícia sobre suspeitas, inclusive proibido pouso e decolagem”, diz a nota.

Em 2014, quando se candidatou a deputado estadual pela última vez, ficando como suplente, declarou à Justiça eleitoral ter quase R$ 2,3 milhões em bens, entre propriedades, veículos, participações em empresas – inclusive declarou o aeródromo, avaliado na época em R$ 150 mil.

Segundo informou colunista Bela Megale, a esposa de Isaac está lotada no gabinete do senador Davi Alcolumbre. Vânia Alcolumbre exerce o cargo de ajudante parlamentar pleno no escritório de apoio do parlamentar no seu Estado, em Macapá, e tem um salário de R$ 3.800.

O senador Davi Alcolumbre não é investigado nem foi alvo da ação da PF. Em nota, ele informou que soube da operação pela imprensa, confirmou ser parente de Isaac e disse que “espera que a Polícia Federal cumpra de forma institucional com o seu dever”.

No total, 16 pessoas foram presas hoje na operação. Os policiais também cumpriram 51 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará e Piauí. Foram apreendidos 36 carros, uma moto e R$ 900 mil, além de armas e munições.

A investigação começou após a descoberta de destroços de um avião em maio de 2020 numa área isolada do município de Calçoene, no extremo norte do Amapá. A aeronave teria sido incendiada para esconder que era usada pelo tráfico. A polícia seguiu as pistas e chegou ao aeródromo de Isaac Alcolumbre após identificação de outra aeronave que pousou em Calçoene para transportar os tripulantes e a carga do avião incendiado.

Esta segunda aeronave teria sido vendida, em novembro do ano passado, para uma pessoa presa no Pará com 450 quilos de skank. O avião partiu do mesmo aeródromo em Macapá alvo das investigações. Segundo a PF, além de oferecer o apoio logístico, a pista de pouso contava ainda com um sofisticado “serviço” de manutenção com fornecimento de mecânicos, pilotos e operadores financeiros.

“O local também foi utilizado como ponto de apoio para realização dos preparativos da aeronave de modo a deixá-la em condições para voar com autonomia para longas distâncias, como retirada de bancos, fornecimento de combustível em carotes, o que é proibido, e assim trazer a maior quantidade de drogas possível”, informou a Polícia Federal.

A PF também descobriu que empresas de fachada em outros estados integravam o grupo criminoso para lavagem de dinheiro. Entre as empresas identificadas, está uma do ramo de cosméticos com sede em Sorocaba, em São Paulo. Foi identificado que a proprietária, uma colombiana, usava produtos químicos da empresa para auxiliar no refino de drogas.

O Globo 

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