Alckmin prevê isolamento de Doria na campanha à Presidência
Foto: Patricia Stavis
Em conversa após reunião com líderes sindicais nesta segunda-feira (29), Geraldo Alckmin (de saída do PSDB) traçou um mapa sobre as eleições com Lula (PT), Jair Bolsonaro (sem partido), Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB).
Alckmin teria dito, segundo presentes, que o tucano acabará isolado em 2022, sem apoio de partidos. Nesse desenho, Lula ficaria com os partidos de esquerda e centro-esquerda e Bolsonaro, com o centrão, disputando o apoio da direita e da centro-direita com seu ex-ministro da Justiça.
Alckmin rompeu com Doria em 2018, depois que o então aliado começou a tentar surfar na onda bolsonarista enquanto o primeiro turno das eleições presidenciais ainda estava em disputa.
No encontro desta segunda (29), o ex-governador fez uma leitura do contexto político da Alemanha que soou aos presentes como referência positiva à possibilidade de ser vice em chapa presidencial encabeçada por Lula em 2022.
O ex-governador disse que o Brasil precisa de acordos e coligações, e citou o acerto a partir do qual Olaf Scholz, do SPD, foi escolhido como sucessor da primeira-ministra Angela Merkel, CDU. Os partidos são rivais.
Em outro momento, Alckmin falou das diferenças nas trajetórias do Brasil e do restante da América do Sul, que se dividiu em países menores. O Brasil teria, então, muita diversidade interna.
A combinação de análises dos contextos internacional e federal, ignorando SP, deixou líderes sindicais com a impressão de que ele tentava se mostrar gabaritado para ocupar um cargo nacional.
Os representantes de UGT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central disseram ter visto empolgação em Alckmin, que recebeu o convite na sexta à tarde e na segunda já participou do encontro.
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