Alianças locais do PL impedem acordo com Bolsonaro

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Foto: Reprodução/ O Globo

Em meio à sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que cogita se filiar ao PP, mesmo após receber convite público do PL, deputados e lideranças da sigla presidida por Valdemar Costa Neto têm avançado em alianças locais com pré-candidatos que não devem estar em palanques bolsonaristas em 2022. O movimento, além de dificultar acomodações regionais para receber Bolsonaro, enfraquece um dos argumentos de auxiliares do presidente que veem o PL como a melhor opção pelo fato de ser um partido mais “coeso”, sob o comando de Costa Neto, o que evitaria surpresas na campanha.

Bolsonaro diz que decidirá seu futuro partidário após retornar da cúpula do G20, na próxima terça. A pressão interna por maior descolamento em relação a ele vem sobretudo de estados do Nordeste, nos quais parte das lideranças do PL costura alianças com o PT, do ex-presidente Lula, ou com a terceira via, mas também se estende a São Paulo e Rio, onde o partido estuda integrar chapas que podem reunir adversários do presidente.

Por conta do flerte duplo de Bolsonaro com PP e PL, interlocutores de Costa Neto fizeram chegar ao Palácio do Planalto a possibilidade de a sigla, que integra a base do governo e é considerada importante para a campanha de 2022 devido aos recursos do fundo eleitoral e ao tempo de TV, optar por um rompimento. Emissários do Planalto passaram a reforçar, então, que o partido que não fosse escolhido por Bolsonaro para se filiar, entre PP e PL, teria preferência para indicar o vice. Lideranças do PL, porém, avaliam que a prerrogativa não seria suficiente para atrair votos de bolsonaristas nos estados e poderia não compensar o que consideram o “ônus de rejeição” de fazer parte da chapa.

No Rio, o governador Cláudio Castro é um dos membros do PL que tentam manter distância segura de Bolsonaro. O raciocínio é que Castro tem entrada entre diferentes eleitores, e não deveria alimentar uma polarização nacional.

Em São Paulo, lideranças do PL defendem que o partido se una ao vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), aliado do governador João Doria. Eles articulam a indicação de um vice do PL na chapa. Entre os deputados federais, o discurso é tentar conciliar a eventual filiação do presidente com a aliança local.

— Não é só em São Paulo que teremos essas questões. Rodrigo (Garcia) é aliado do Doria, e talvez Bolsonaro queira lançar candidato ao governo. Mas a preferência é a reeleição presidencial, e há o desejo de abrigar deputados bolsonaristas e apresentar nomes ao Senado — avalia o deputado Capitão Augusto (PL-SP).

No Piauí, o deputado federal Fábio Abreu (PL), aliado do governador Wellington Dias, do PT, disse ter recebido a garantia da cúpula do partido de que terá autonomia para manter a coligação estadual.

O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, pré-candidato do partido ao governo de Pernambuco, tende a manter o bloco com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), também pré-candidata ao Executivo estadual. Na Bahia, onde em 2018 deputados do PL defenderam apoio a Bolsonaro e ao governador petista Rui Costa, o partido fechou com a pré-candidatura de ACM Neto (DEM), que é adversário do PT ao governo e pode abrir espaço para a terceira via no pleito presidencial. Aliados de Bolsonaro, por sua vez, defendem lançar ao governo o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos). Já o presidente estadual da sigla, José Carlos Araújo, diz que a filiação de Bolsonaro não mudaria o apoio a Neto.

O Globo

 

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