Ciro volta a criar factoides para tentar se alavancar

Manuela Dorea Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) tem uma nova obsessão: a defesa da nacionalização da Petrobras, uma estatal criada em 1953 pelo governo de Getulio Vargas, que é até hoje uma inspiração para o discurso nacional-desenvolvimentista do PDT. Segundo Ciro, a empresa está sendo vendida aos poucos desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso.

Depois de dizer que, caso seja eleito em 2022, ele anularia uma eventual privatização da companhia, defendida pelo ministro Paulo Guedes (Economia) e avalizada pelo presidente Jair Bolsonaro, Ciro lançou uma série de vídeos sobre a empresa, chamada “A Verdade Sobre a Petrobras”.

No primeiro episódio, intitulado “O Mausoléu de um Sonho”, Ciro diz, em gravação feita em frente à sede da Petrobras no Rio de Janeiro, que a empresa virou o “mausoléu de um grande sonho de um Brasil independente, de um Brasil soberano, capaz de gerir seus recursos estratégicos”.

Diz, ainda, que várias “pás de cal” estão sendo jogadas sobre a empresa, a começar por FHC, passando por Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, que foram aos poucos permitindo a entrada de capital privado, inclusive estrangeiro, na companhia. “São grupos privados que só pensam em seu próprio lucro”, prega.

Ele afirma que irá mudar a política de preços da Petrobras – hoje baseada na variação dos custos no mercado internacional e do dólar – para que se possa “cobrar exatamente o quanto custa produzir e ter um lucro razoável”.

Afirma, ainda, que o seu “o governo vai comprar todas as ações de volta que Lula, FHC, Dilma, Temer, Guedes e Bolsonaro venderam e estão vendendo para os estrangeiros a preço de galinha morta”.

 

Não será uma coisa tão fácil porque 43,01% das ações estão nas mãos de investidores estrangeiros, segundo a Petrobras. O governo tem 36,75% e investidores nacionais possuem outros 20,24%.

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