Guedes escondeu cargo de filha em offshore
Foto: Washington Costa/ASCOM ME
Paulo Guedes (Economia) omitiu do governo a informação de que sua filha continuou como diretora da offshore que mantém nas Ilhas Virgens Britânicas, afirma o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).
Guedes encaminhou na semana passada documentação sigilosa para a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da qual o parlamentar faz parte.
Segundo Vaz, o material mostra que o ministro foi diretor de 2014 a 2019. Paula Drumond Guedes, desde 2015.
Quando entrou a Economia, Guedes não apresentou essa informação na Declaração Confidencial de Informações (DCI) exigida pelo governo, afirma o deputado.
A DCI é uma documentação prestada por aqueles que passam a integrar o governo e serve, segundo especialistas, para abranger dados sobre potenciais conflitos de interesses decorrentes de relações familiares.
“Entendo que a empresa está sob suspeita. É no mínimo muito estranho Guedes ter omitido essas informações. Por isso, é importante que o Ministério Público Federal analise o extrato de desempenho dessa offshore para saber se não foi beneficiada por informações privilegiadas que Guedes obteve por ser ministro”, diz Elias Vaz.
A existência dos investimentos de Guedes no exterior foi revelada no início de outubro por veículos como a revista Piauí e o jornal El País, que participam do projeto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ. Os documentos fazem parte da Pandora Papers, investigação sobre paraísos fiscais promovida pelo consórcio.
Segundo as reportagens, o ministro, sua esposa e sua filha são acionistas da Dreadnoughts. Em 2015, ela tinha US$ 9,5 milhões..
Logo após o caso se tornar público, Guedes afirmou que a empresa é legal, foi declarada e que se afastou da gestão antes de assumir o cargo no governo do presidente Jair Bolsonaro.
Nas manifestações que fez sobre o assunto desde então, o titular da Economia não explicou o papel da esposa e da filha desde então.
Assinatura
CARTA AO LEITOR
O Blog da Cidadania é um dos mais antigos blogs políticos do país. Fundado em março de 2005, este espaço acolheu grandes lutas contra os grupos de mídia e chegou a ser alvo dos golpistas de 2016, ou do braço armado deles, o juiz Sergio Moro e a Operação Lava jato.
No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.
O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.
O trabalho do Blog da Cidadania sempre foi feito às expensas do editor da página, Eduardo Guimarães. Porém, com a perseguição que o blogueiro sofreu não tem mais como custear o Blog, o qual, agora, dependerá de você para continuar existindo. Apoie financeiramente o Blog
FORMAS DE DOAÇÃO
1 – Para fazer um depósito via PIX, a chave é edu.guim@uol.com.br
2 – Abaixo, duas opções de contribuição via cartão de crédito. Na primeira, você contribui mensalmente com o valor que quiser; na segunda opção, você pode contribuir uma só vez também com o valor que quiser. Clique na frase escrita em vermelho (abaixo) Doação Mensal ou na frase em vermelho (abaixo) Doação Única
DOAÇÃO MENSAL – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf
DOAÇÃO ÚNICA – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf