Mídia aumenta cobertura do PSDB após convenção

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Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Quem imaginou que com a decisão sobre a candidatura nanica do PSDB à Presidência a mídia iria parar de repisar cada espirro dado no partido, enganou-se. O notíciario aumentou muito após a convenção que envolve um candidato que tem 2% nas pesquisas

Derrotado nas prévias que escolheram o pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, diz que é necessário aguardar o direcionamento que o vencedor do processo, João Doria, dará ao partido e reforça que cabe ao governador de São Paulo fazer um gesto para os outros postulantes do centro. “É preciso entender os rumos do PSDB com Doria”, disse. “Espero que o partido não se afaste mais da sua origem”, ressaltou.

Existe alguma possibilidade de o senhor sair do PSDB?

Não considero sair do PSDB. Espero que o PSDB não saia do PSDB, que não perca sua conexão nem se afaste ainda mais da origem.

O que seria perder a conexão com a sua origem?

A gente viu o discurso feito no domingo das prévias frustradas, de expurgo, depuração do PSDB. Precisa-se esclarecer o que realmente desejava falar o governador (João Doria), agora nosso candidato a presidente (ao defender um “processo de depuração” na sigla). Muito diálogo deve se estabelecer, para entender que rumos ele pretende colocar como candidato. O candidato a presidente acaba tendo força de empurrar o partido numa direção específica.

O senhor pretende se engajar na campanha do Doria?

Naturalmente, o candidato do meu partido é aquele que tem a preferência do meu apoio. Ele precisa, também, mostrar a sua viabilidade daqui para frente. O governador João Doria tem condições de fazer isso. Espero que ele apresente o que espera da minha participação. As possibilidades que eu tiver, pretendo ajudar. Mas cabe destacar também que temos estilos diferentes e métodos diferentes de fazer campanhas. Minha participação será até onde isso possa ser compatibilizado.

Considera o seu papel mais importante para unir o centro do que para impulsionar o candidato do PSDB?

A eleição de 2022 é talvez a mais importante da nossa História recente. Não entendo que a gente possa entrar nesse processo simplesmente para defender um nome ou para defender o próprio partido. A gente tem que ajudar o país a encontrar alternativa para furar essa polarização. Vamos buscar viabilizar essa candidatura (de Doria), mas temos que ter disposição para discutir com outras forças políticas. Aí que digo que temos estilos diferentes. Eu quero ajudar, mas não se consegue ajudar quem não presta ajuda a si mesmo. Importante que haja disposição do candidato agora escolhido na construção dessa convergência do centro.

Houve muitas acusações durante as prévias. Foi uma disputa leal?

Não tenho elementos para fazer qualquer tipo de acusação. Mas houve denúncias. No mínimo, episódios que precisam de esclarecimentos, como vereadores no interior de São Paulo que tiveram filiação suspensa ao declararem que me apoiavam. Um secretário na cidade de São Paulo que declarou apoio de manhã e foi demitido no fim do dia. São instrumentos de pressão política que não podem ser aceitos. A gente aguarda que isso possa ser esclarecido. Houve também uma desproporção nas estruturas das campanhas. Uma campanha tinha uma estrutura muito mais robusta que a outra pela propriedade econômica que distingue os dois estados.

Está sugerindo que houve uso da máquina?

Impressionava quando íamos para algum local, com uma equipe restrita, a quantidade de pessoas da outra campanha.

Isso tira a legitimidade do processo?

A estrutura de campanha se viabiliza dentro do quadro que cada um consegue. Talvez o partido venha a regulamentar melhor as condições. É tudo um aprendizado. Não vou dizer que tira a legitimidade, mas é um ponto que, sem dúvida alguma, fez diferença.

O senhor vê possibilidade de entendimento do Moro com o PSDB?

É uma figura conhecida e, naturalmente, pelas escolhas que fez em sua vida política, também tem uma rejeição que precisa ser trabalhada. Mas ele é um ator que protagoniza o processo hoje e a conversa com ele é muito importante. Agora, é fundamental que se tenha discussão sobre projetos. Se for para ter algum tipo de aliança, será em torno do quê? Não pode ser apenas em torno de quem.

Como vê a possibilidade de o ex-governador Alckmin formar chapa com Lula?

Eu não conheço em quais termos se dão as conversas que envolvem o governador Alckmin. Pretendo conversar com ele em breve para entender um pouco melhor. Eu o tenho como um bom exemplo de homem público e pretendo trocar ideias, mas espero que a gente possa viabilizar alguma alternativa no centro, e não simplesmente o menos pior.

Quais os planos do senhor após o fim do mandato?

Não pretendo concorrer a qualquer outro cargo eletivo ano que vem. Pretendo concluir meu mandato. E não tenho preocupação em ocupar qualquer posição específica politicamente, preocupado com vitrine.

Estará no jogo nacional?

Estamos aí. Muita gente acredita na nossa capacidade de liderança, então não posso simplesmente pensar em dizer que não estarei presente em qualquer outro tipo de debate.

O Globo

 

 

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