Moro entrará em partido adesista a Bolsonaro

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Foto: Reprodução

O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro irá se filiar, no dia 10 de novembro, ao Podemos, pensando nas eleições de 2022 e onde desponta como como candidato a presidente, enfrentando justamente seu ex-chefe Jair Bolsonaro. Para isso, escolheu uma legenda que se diz “nem à esquerda, nem à direita, para a frente”. O histórico do Podemos nos últimos três anos, no entanto, indica que o partido está mais próximo de Bolsonaro do que pode desejar o ex-ministro.

Dados do Radar do Congresso apontam que o partido já se alinhou às pautas de Bolsonaro em 81% das votações na Câmara dos deputados, e em 78% das votações do Senado. Ambos os grupos são considerados base do governo, por votar com os interesses do Executivo em mais de 75% dos casos.

O Radar – base de dados do Congresso em Foco que compila e organiza informações do funcionamento do parlamento brasileiro – chegou ao número comparando o alinhamento do partido em 1143 votações na Câmara desde 2019, e 270 votações no Senado Federal.

Na Câmara, onde as discussões são mais acaloradas e há maior chance de divergências entre os parlamentares, a bancada de dez parlamentares se mantém, quase em sua totalidade, com apoios superiores a 80% – o deputado e ex-senador José Medeiros (MT) votou com os interesses do governo em 97% das vezes; Igor Timo (MG) votou com o governo em 88% das votações; e a presidente nacional do partido, Renata Abreu (SP), em 80%.

Na Câmara, apenas Bacelar (BA) se apresenta com números similares à oposição ao governo na Câmara. O deputado baiano votou com o governo em apenas 29% das vezes.

No Senado, o alinhamento do partido é pouco abaixo da média da Casa, que é de 83%. O partido, que comanda uma das maiores bancadas desta legislatura, possui dois grupos distintos: um grupo de cinco parlamentares mantém alinhamentos entre 79% (Styvenson Valentim) e 90% (Marcos do Val) , enquanto quatro senadores estão entre 67% e 75%.

Apesar da média, a bancada no Senado conta com nomes díspares no apoio às pautas do governo: o senador Eduardo Girão (CE) é reconhecido nacionalmente por ter feito parte de um grupo de quatro senadores que atuaram como “base governista” na CPI da Covid, encerrada semana passada (o senador alega independência, mas votou contra o relatório final).

No mesmo partido também está Jorge Kajuru (GO), um dos responsáveis por cobrar a abertura da própria CPI da Covid no Supremo Tribunal Federal (STF). Foi Kajuru quem também divulgou conversa gravada com o presidente Jair Bolsonaro, no auge das discussões da comissão parlamentar.

Sergio Moro foi ministro de Bolsonaro nos primeiros 16 meses de seu governo – sendo junto a Paulo Guedes um dos dois “superministros” do gabinete. Sua demissão, que causou um furor à época, teria sido motivado por uma tentativa de Bolsonaro de interferir no comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, responsável por investigar esquemas de corrupção que envolveriam seus filhos Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Carlos Bolsonaro pelos crimes de “rachadinha”. Após sua demissão, Moro ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que hoje investiga a questão.

Congresso em Foco 

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